Mais de 7,5 mil pessoas estão sofrendo com a seca na zona rural de Lagoa Grande (Sertão do São Francisco). A situação vem preocupando a prefeita Rose Garziera (PMDB) que tem feito o que pode para não deixar a população sem atender de localidades do entorno dos distritos de Jutaí e Açude Saco, área de sequeiro. “Estamos sozinhos atendendo a população com três carros pipa na região mais atingida pela estiagem em nosso município”, disse a prefeita de Lagoa Grande que decretou emergência no município no mês de julho reconhecido pela Secretaria Nacional de Defesa Civil através da portaria 364. A Prefeitura tem contado apenas com o apoio do carro pipa do Governo do Estado que chega através do Ipa (Instituto Agronômico de Pernambuco), mas quando a quilometragem atinge o limite que é de 3 mil/mês, o veiculo não pode mais levar água para as comunidades e apenas a administração municipal tem carros abastecendo a população. “A Operação Carro Pipa do Exército está parada há dois meses, o que tem deixado os moradores ainda mais apreensivos com a falta de água. No Exército a explicação é que se aguarda o repasse de recursos do Ministério da Integração Nacional, o que ainda não aconteceu”, revelou o secretário de Agricultura e Desenvolvimento do Interior de Lagoa Grande, Reginaldo Alencar. O consumo médio tem sido de 20 litros de água por pessoa no dia, quando o recomendado pela ONU é de 100 litros. “É um problema sério e que vem se agravando, principalmente a partir deste mês quando o clima fica ainda mais quente com temperaturas acima dos 30 graus em média”, lamenta Reginaldo frisando que tem recebido cerca de 200 pessoas por dia na secretaria relatando a situação da seca em suas comunidades e pedindo ajuda para levar água á região.
SEDETE-ASS DE IMPRENSA