Destemido Osvaldo Coelho acusa o Governo Federal de não conhecer o Sertão

No último dia 24 de agosto, Osvaldo Coelho completou 80 anos de vida e 44 de atuação política


Aos 80 anos de vida e 44 anos de dedicação a atividade Legislativa, o ex-deputado federal Osvaldo Coelho não perde vigor quando o assunto é defender as causas dos agricultores e da região do São Francisco.
Sem meias palavras, ele ataca os governos Federal e Estadual e critica inclusive o sobrinho Fernando Bezerra Coelho (PSB) atual Ministro da Integração Nacional. De acordo com ele, FBC o convidou por motivos óbvios, para integrar a Comissão Nacional de Irrigação [Osvaldo dedicou 11 mandatos a defender a irrigação e atacar a desigualdade social], mas até agora não passou de uma falácia.
Destaque, mês passado, não só na mídia local, mas em noticiários de todo o país, Osvaldo Coelho, não se intimidou e ao ser procurado para resgatar a história de oito décadas dedicadas aos assuntos correlacionados à irrigação do Sertão, ele criticou o Programa Nacional de Irrigação, que deverá ser lançado ainda este mês no Sertão do São Francisco, pela presidente Dilma Rousseff. “Estamos celebrando dez anos perdidos de irrigação, dez anos que aqui não se irriga um dedal”, pontuou em entrevista ao Diário de Pernambuco, no último dia 14 de agosto.
Mantendo uma postura a favor da inovação na gestão de irrigação, Osvaldo Coelho, afirmou ainda, se coloca a disposição na fiscalização do governo e foi contundente ao afirmar “sou oposicionista eu não alcanço a benesse do PPP”. PPP é o Programa de Parceria Público Privada que pretendem instaurar nos programas de irrigação.
Parafraseando Gustavo Krause, ex- governador de Pernambuco e ex-prefeito do Recife, que também homenageou o amigo, “Osvaldo é um homem visionário, missionário e moderno porque contemporâneo do futuro”. Nas linhas que homenageiam os anos de vida de Osvaldo Coelho, Krause conta que o ex-deputado além de ter aberto portas para ele, na época um jovem recém-formado, foi o seu professor de Direito Tributário, entre outros assuntos que o político conhecia com profundidade e total domínio.
Krause afirmou também, que Coelho é o mais universal dos provincianos e o mais provinciano dos universais e que para ele, Petrolina é a raiz e o centro do mundo. “Ele é movido à profecia de Euclides da Cunha quando diz que estamos condenados à civilização, ou progredimos ou desapareceremos. Osvaldo enxergava a possibilidade de transformar o sertanejo naquilo que o escritor chamava de “rocha viva da nacionalidade”, observou no artigo.
Com mais de quatro décadas de exercício político atuando a serviço de Pernambuco, Osvaldo Coelho cumpriu três mandatos na Assembleia de Pernambuco e oito na Câmara dos Deputados sempre carregando a marca de um político moderno, contemporâneo do futuro, um progressista nas ideias e na prática.



Por Mônia Ramos


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