Farnesio Silva
Na sessão de ontem da câmara de vereadores de Petrolina, uma discussão da presidente da Casa, Maria Elena, com o vereador Pérsio Antunes (PMDB), tomou proporções de bate boca de ponta de rua, onde não faltou sequer a famosa frase, ” venha se voce é homem”, pronunciada aos gritos pela presidente, querendo impor sua condição de dirigente da casa.
Tudo porque o vereador Pérsio Antunes chegou atrasado à reunião que discutia a votação e posterior aprovação da LDO, Lei de Diretrizes orçamentárias, que dá ao prefeito Julio Lossio o direito de remanejamente de recursos da ordem de 20% do orçamente. Ao pedir à presidente a suspensão da sessão para que a comissão de orçamento discutisse um pouco mais as sugestões, começou o rebú.
O pedido do vereador foi aceito pela presidência dos trabalhos, e foi aí que a presidente ao informar as razões do atraso do vereador Pérsio, começou a discussão, que foi subindo de tom, as acusações de parte a parte do tipo: ” vossa senhoria é uma ditadora”; “neurótico”; “voce é que é um despreparado”, “retire-se, o senhor não vai usar este microfone”.
A pérola principal da verborragia entre as duas excelências ficou por conta do “venha se voce é homem” pronunciada aos gritos no microfone, pela presidente da Casa Plínio Amorim, vereadora Maria Elena.
É lamentável que pessoas de tão elevadas estirpes, se prestem a esse tipo de debate chulo, que deviam estar melhores preparados para as adversidades inerentes a função. A roupa suja que começou a ser pessimamente lavada no plenário da câmara, ganhou as ruas, esquinas e praças, onde o que menos se fala é da importância político/administrativa da aprovação da LDO, no qual o municipio aponta onde vai gastar os mais de 450 milhões de reais, ano que vem, na infraestrutura da cidade.
Pelas rádios foi o café da manhã, onde além dos muitos ouvintes que ligaram, para se mostrarem escandalizados com o bate boca, mostrou uma repercussão extramamente negativa do legislativo municipal. Teve comunicador que expressando que pensam as ruas, chegou a dizer que a presidente estava “histérica”.
Devagar com a pressão das expressões nos debates. A casa pode até ser de “mãe Joana” mas o “santo é de Barro”. e 2012, tá logo ali.