*Tony Martins
O Barcelona da Espanha conquistou ontem o titulo mundial interclubes de futebol ao derrotar o Santos por quatro a zero. Foi uma conquista fácil, visto que a equipe brasileira não ofereceu nenhuma resistência ao time catalão que dominou toda a partida, exercendo o controle do jogo o tempo todo com 70% da posse de bola. É inegável a superioridade do Barcelona, contudo, considerando o potencial do futebol brasileiro, não se esperava da representação santista um futebol medíocre e covarde, aceitando de forma passiva, ser envolvida pelo adversário, sem criar nenhuma estratégia no sentido de atacar também o seu adversário.
Não parece prudente comparar as duas equipes, todavia, não custa lembrar a diferença brusca entre o Santos de hoje e o de 1962/63 quando o time de Pelé conquistou o bi campeonato mundial em cima do Benfica e Milan, respectivamente. Podemos mencionar, por exemplo, a conquista espanhola de 2009, quando o Barcelona só conseguiu bater o Estudiantes da Argentina apenas na prorrogação. Por fim, podemos, orgulhosamente, lembrar as duas derrotas do Barça nas disputas dos títulos de 1992 contra o São Paulo e de 2006 contra o Internacional quando o time gaucho venceu por um a zero com gol de Adriano Gabiru. Estamos colocando isto para dizer que o Santos poderia ter feito um melhor papel.
A vitória do Barcelona começou a ser construída aos 17 minutos do primeiro tempo com Lionel Messi que abriu o placar com um toque sutil ante a presença do goleiro santista. Ainda na primeira etapa, Xavi aos 24 e Fábregas aos 45 fizeram três a zero. Na segunda fase, os espanhóis diminuíram o ritmo, mas mesmo assim ainda fizeram mais um gol através do argentino Messi definindo os quatro a zero em favor do time do técnico Pep Guardiola. 68.166 pagantes assistiram à partida realizada em Yokohama no Japão.
Desde que passou a ser comandada por Pep Guardiola, a partir de 2008, o Barcelona já conquistou três campeonatos espanhóis, duas Ligas dos Campeões da Europa, uma Copa do Rei e dois títulos mundiais. Não é a melhor equipe do mundo em vão.