Programa Brasil Sem Miséria: ainda falta muito

Nesta quarta-feira, 14 de setembro, a senhora Ministra de Estado das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, participa de Café da Manhã com Audiência Pública, na Câmara dos Deputados, a convite das Bancadas do Norte e do Nordeste, compostas por 215 senhores e senhoras Deputados e Deputadas. As estatísticas mostram que nos últimos anos, com o Brasil redemocratizado, e através de movimentos e campanhas das organizações sociais, os governos conseguiram tirar quase trinta milhões de brasileiros da pobreza extrema e ascenderam mais quarenta milhões a classe média, mesmo assim, ainda existem dezesseis milhões dos nossos irmãos vivendo na extrema pobreza. Muitos desses vivem às margens dos caudalosos rios da região amazônica ou mesmo do rio da Integração Nacional, o São Francisco, no Nordeste, e vivem sem água para beber. É exatamente nessas duas regiões – seis milhões no Norte e nove milhões no Nordeste – que essa gente passa fome. Vive se é que isso é viver, com uma renda per capita de setenta reais por mês. O Programa Brasil Sem Miséria, criado recentemente para ir onde essas pessoas estão, carece de ações dos governos federal, estaduais e municipais para localizar essas pessoas extremamente pobres, e, nada mais importante do que a participação dos representantes do povo dessas regiões, para indicar os gargalos que ainda persistem na pobreza dessa gente. No campo, o principal objetivo é aumentar a produção, para isso devem-se usar os Bancos do Nordeste e da Amazônia, com seus programas sociais de micro crédito. Nas cidades, qualificar a mão de obra e identificar as oportunidades de emprego e renda e, no geral, garantir o acesso das pessoas mais pobres aos serviços de Saúde e Educação, dentre outros. Os Programas Brasil Sem Miséria e Água para Todos – para retirar esses dezesseis milhões de brasileiros do estado vergonhoso de miséria em que vivem – não podem prescindir da intermediação de empregos, do micro crédito e do incentivo a economia popular e solidária, bem como a construção de cisternas e adutoras com o fornecimento de água para o consumo humano e a criação do Programa Bolsa Verde, para estimular famílias rurais a preservarem o meio ambiente.
GONZAGA PATRIOTA, Contador, Advogado, Administrador de Empresas e Jornalista. Pós-Graduado em Ciência Política, Mestre em Ciência Política e Políticas Públicas e Governo e Doutorando em Direito Civil pela Universidade Federal de Buenos Aires, na Argentina.

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