PSB E PSDB ARTICULAM ALIANÇAS ESTADUAIS

Edição247-Divulgação:

PE247 – O PSB deverá compor ao menos 15 palanques duplos com o PSDB nos estados para as eleições do ano que vem. Em outros cinco estados, os socialistas devem se aliar ao PT, apesar do distanciamento nacional enfrentado pelos dois partidos, segundo o portal IG. Apesar de ser defendido por muitos, os palanques duplos arquitetados pelos socialistas contrariam ideias expressadas por membros da Rede Sustentabilidade – aliada do PSB – e de diversos diretórios pessebistas.

Segundo um dos coordenadores da campanha presidencial de Campos e presidente do PSB em São Paulo, Márcio França, Campos e Aécio já teriam articulado as alianças em pelo menos 10 estados: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Amazonas, Tocantins, Pará, Piauí e Santa Catarina. Outros estados, entretanto, ainda estão em fase de negociações, e este número pode subir para até 15. Em alguns locais – a exemplo do Piauí e de Pernambuco – o PSDB apoiaria o candidato pessebista nas eleições estaduais, mas na maioria das regiões, a candidatura apoiada seria tucana.

Além da parceria com o PSDB, o PSB pode firmar aliança com o PT em pelo menos cinco estados: Amapá, Acre, Sergipe e Espírito Santo, além do Rio de Janeiro. Apesar da cizânia nacional entre os dois partidos, o pré-candidato petista ao governo do Rio, Lindberg Farias, não descartou a possibilidade de ter Campos e a ex-ministra Marina Silva (PSB) em cima do palanque.

Entretanto, integrantes do PSB e do Rede Sustentabilidade não concordam com a formação dos palanques duplos, seja com os tucanos de Aécio Neves ou com os petistas da presidente Dilma Rousseff. “É estranho, não dá pra entender. Isso deseduca e desinforma politicamente”, declarou a deputada federal Luiza Erundina ao jornal Último Segundo. Já o organizador da Comissão Nacional Provisória da Rede Sustentabilidade, Pedro Ivo, afirmou que o palanque duplo deve ser a exceção, não a regra. “O melhor seria termos representações próprias do projeto nacional nos Estados”, afirmou.

Para o deputado federal Walter Feldman (PSB), um dos integrantes da Rede, a formação de palanques duplos prejudica os programas políticos. Segundo ele, as ideias da aliança PSB-Rede vão de encontro ao que discutido pelo PT e pelo PSDB. “Em princípio, a questão programática é uma condicionante insolúvel na tentativa de dividir palanques”, declarou. Questionado, Campos preferiu não comentar sobre o assunto, e afirmou que o PSB pretende definir a linha geral do programa político, para depois conversar sobre estratégias eleitorais nos estados.

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