Tudo estava muito normal, os mesmos discursos e a sessão de vereadores da Casa Plínio Amorim, em Petrolina, acontecia como de rotina, porém, o escândalo divulgado por uma reportagem da TV Grande Rio fez os ânimos dos legisladores se exaltarem.
Segundo a reportagem, a denúncia de que a esposa do vereador, Manoel da Acosap (PHS), Benedita Souza Neta Coelho, teria sido comprovada, e que, em depoimento à polícia federal ela teria confessado que se recadastrou no programa Bolsa Família e realizou saques no período em que o seu esposo já estava exercendo o cargo de vereador da cidade.
Segundo os critérios do programa, a família de Benedita não teria direito ao benefício, já que um dos critérios é a renda familiar de até R$ 140 per capitão que não condiz com o salário do marido que ultrapassa os R$ 12 mil por mês.
Apesar da defesa da base da oposição, em que os vereadores declaram o apoio ao edil, Manoel não escapou das críticas e o primeiro a se pronunciar foi vereador Ronaldo Silva, que, apesar de declarar que não estava levando para o lado político, e sim, defendendo a honra do prefeito, pediu para o colega a ter humildade e pedir desculpa ao prefeito e a sociedade de Petrolina.
“Eu só queria dizer que naquele momento saiu em todos os meios de comunicação da nossa cidade denegrindo a imagem do prefeito, dizendo que tinha sido armação política […] Não estou levando para o lado político, só estou defendendo a honra do prefeito, que vários vereadores colocou na lama, aconteceu e a nobre companheira reconheceu seu erro. Tenha humildade e peça desculpa ao prefeito e a sociedade de Petrolina”, sugeriu Ronaldo.
Já o vereador Alvorlande Cruz, pediu para que não fiquem julgando os colegas. “O homem público é passivo de erro e que nós, nessa casa, não jogue pedra em nenhum por que todos nós somos passivos de erro”, opinou.
Após ouvir todas as declarações, o vereador Manoel defendeu-se, alegando que o sistema Grande Rio de comunicação vem em uma espece de perseguição, veiculando matéria contra Ele todos os dias, além de destacar que, como se trata de concessão pública, o sistema deve ser imparcial e não manipular a informação.
O vereador também se pronunciou contra os colegas que, segundo ele, agrediu e julgou Ele e sua família.
“É inadmissível quando as pessoas de maneira grosseira tem a intenção voltada a agredir as pessoas e as famílias dos cidadãos, eu não aceito isso. Eu queria frisar que vim para essa casa pela porta da frente, humilde, honesto e com dignidade, não tenho nada a temer nem a esconder, o que não pode é as pessoas quererem agredir um parlamentar que está fazendo uma investigação […] Não sou bandido, vivo rigorosamente do meu salário, não estou aqui denegrindo imagem de ninguém, mas não aceito agressão barata para querer me calar, a minha bandeira é a mesma, o que eu falo eu tenho que provar”, disse exaltado.
Sobre a confissão da sua esposa ele destacou que ela confessou que sacou o dinheiro, mas não fez o cadastro. “O cadastro tem endereço que não é o meu, tem filho que não são os meus, eu quero saber da verdade”, questionou.
Finalizando, já com ânimo exaltado Ele voltou a declarar que não iria aceitar ser agredido pelos colegas. “Não aceito de ninguém a agressão que estão fazendo comigo, se a minha esposa cometeu, eu disse em todas as minhas entrevistas, quando perguntavam se eu garantia por ela eu sempre respondia que não, que garantia por mim, se ela fez ela vai pagar e o primeiro a levar a Policia Federal sou eu”,concluiu.
Da redação