Com a proximidade da inauguração da Unidade de Produção do Aedes Transgênico – UPAT, agendada para o dia 07 de julho, um fator destaca-se em todo o trabalho desenvolvido na produção dos mosquitos transgênicos, trata-se do controle de qualidade da produção. Na última semana a Bióloga e especialista em Biologia Molecular Jessica Anne Stevenson, retornou à Inglaterra encerrando esta temporada no Brasil onde acompanhou o controle de qualidade da produção em massa no Projeto Aedes Transgênico – PAT, desenvolvido pela Moscamed Brasil em parceria com a empresa inglesa Oxitec.
Durante sete meses, Jessica Stevenson atuou também no desenvolvimento de alguns experimentos para melhorar a produção do mosquito Aedes aegypti modificado geneticamente. Atualmente, são produzidos na Moscamed, 500 mil mosquitos da linhagem OX513A por semana. “É a maior produção em massa de mosquito transgênico que já vi”, afirmou Jéssica. Segundo ela, as metas de trabalho projetadas para a Moscamed foram atingidas. “Alcançar o patamar de uma produção constante e com qualidade é uma forma de avaliar positivamente todo o trabalho”, salientou.
Para substituir a bióloga na nova temporada do PAT, a Moscamed recebe o especialista Josué Young, do Panamá, que também estará na área de controle de qualidade da produção dos mosquitos transgênicos.
A Moscamed iniciou as atividades do Projeto Aedes Transgênico – PAT em fevereiro de 2011, produzindo cerca de 70 mil mosquitos por semana o que não atendia às expectativas. Com o aumento gradativo da produção para 100 mil mosquitos, em abril deste ano constatou que 90% das larvas encontradas no bairro Itaberaba são transgênicas, o que resulta no sucesso do projeto e consquente supressão populacional dos mosquitos.
“Com a inclusão de outra comunidade no projeto, a comunidade do Mandacarú, foi necessário o aumento da produção do mosquito, com isso, o espaço destinado à produção do Aedes ficou pequeno e foi necessária a ampliação do espaço”, revelou a superintendente, Carla Santos.
No dia 07 de julho será inaugurada a Unidade de Produção do Aedes Transgênico – UPAT que ampliará em oito vezes a capacidade de produção do Projeto Transgênico (PAT). Os recursos para a construção da unidade foram obtidos através de uma parceria com o governo do Estado da Bahia, e as Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) e Saúde.
A UPAT possui 720 m² distribuídos basicamente em 9 áreas: 1 área de produção com 450 m²; assepsia e vestiários femininos e masculinos; recepção; almoxarifado e área de separação com 10 pias.
Texto: Iana Lima
Fotos: Celane Rosa