A ROSE E O LULA

ROSE FALA SOBRE LULA: “RELAÇÃO É PROFISSIONAL”

: 247_ Afastada dos holofotes desde o escândalo que custou sua elegibilidade em cargos públicos por cinco anos, Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República, em São Paulo, quebra o silêncio para dizer que é inocente. Em entrevista à Veja, ela diz que não fez nada de errado.

Rosemary responde por falsidade ideológica, tráfico de influência, corrupção passiva e formação de quadrilha na Operação Porto Seguro, por participação ativa em esquema que fraudava pareceres de órgãos públicos para beneficiar empresas privadas.

Amiga próxima do ex-presidente Lula, ela ganhou poder e influência política na chefia do gabinete e era cortejada por servidores graduados e empresários.

A ex-funcionária da Presidência chegava a acompanhar Lula em viagens oficiais de que a ex-primeira-dama Marisa Letícia não participava. No entanto, ela afirma que sua relação com o ex-presidente nunca ultrapassou a barreira do profissionalismo. “Minha relação com ele é de amizade, fidelidade, e totalmente profissional. As nossas famílias se conhecem desde que as crianças eram pequenas”, afirmou à Veja.

Negou ainda que se valesse da proximidade para conceder favores em troca de presentes, como uma passagem para um cruzeiro que ela teria recebido em 2010. “Eu era chefe do escritório da Presidência. Nada mais natural do que encaminhar pedidos. Nunca recebi nada por isso”, disse.

Entre as irregularidades cometidas, a Comissão Processante da CGU já havia identificado o recebimento de vantagens indevidas por Rosemary, oferecidas pelos irmãos Paulo e Rubens Vieira, ex-diretores da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Mesmo assim, ela nega ter recebido propina do suspeito e diz que passou a ser investigada porque trocou um telefonema com ele, com quem tinha uma relação de amizade. “Sempre tive a maior consideração por ele. Como se ele fosse meu irmão. Não entendi até agora o que aconteceu”, afirmou ela.

Rosemary ainda alega que teve o direito de defesa cerceado pelo governo, como por exemplo, sua testemunha, o ministro Gilberto Carvalho, que não foi ouvido

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