ILHA DO RODEADOURO SERÁ INTERDITADA NESTE FIM DE SEMANA

ZOONOZES VAI PROMOVER COMBATE AO BICHO GEOGRÁFICO

Porto Reodeadouro Foto Farnésio Silva
Porto Reodeadouro Foto Farnésio Silva

Foi apresentado na manhã desta sexta-feira, 28, pelas Prefeituras de Juazeiro e Petrolina, o resultado das amostras colhidas pelo Centro de Zoonoses do município pernambucano na Ilha do Rodeadouro, onde foi confirmado um surto da larva migrans cutânea (popularmente conhecida como bicho geográfico).

A reunião ocorreu no Centro de Convenções de Petrolina.

Os resultados foram repassados pela Vigilância Sanitária de Pernambuco e identificaram que o maior foco da larva foi identificado do lado baiano, principalmente pela fraca correnteza do rio e pela pouca incidência do sol, em razão do grande volume de sombreiros no local, o que contribui para que a areia permaneça úmida, situação propícia à proliferação da larva. Já o lado pernambucano por ter uma correnteza mais forte, apresenta a parte úmida da areia exposta ao sol e, por isso, menor presença da larva.

Com o resultado em mãos, as Prefeituras, através das Secretarias de Serviços Públicos, Saúde, Meio Ambiente, Vigilância Sanitária e Centro de Zoonoses decidiram por interditar a ilha neste final de semana (29 e 30) para iniciar uma ação de combate ao parasita.

Entre as medidas iniciais será aplicada cal na areia para diminuir o PH local, impedindo que a larva possa se proliferar. Haverá ainda a vermifugação de todos os cães da ilha e os proprietários serão orientados a deixá-los presos por 15 dias, tempo em que a Ilha estará sob vigilância. Os gatos e animais abandonados serão capturados, e ficará proibida a embarcação de animais pelos banhistas. Barraqueiros e funcionários também serão avaliados pela equipe de saúde, em caso de infecção.

É importante ressaltar que devido à aplicação do produto na areia, a Ilha estará imprópria tanto para circulação quanto para o banho nos próximos 15 dias. “Após esse período será feita nova coleta. Como a larva tem um período de sobrevivência de 15 a 30 dias, recomendamos que os usuários aguardem esse tempo para só então voltarem a freqüentar o local. Esperamos que na próxima analise o problema esteja resolvido”, disse o secretário de Meio Ambiente e Ordem Pública de Juazeiro, Edvan Gonçalves.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *