Geólogo da Codevasf confirma existência de água para o consumo humano no Salitre

De posse da informação que teria água potável na comunidade da Goiabeira, no Salitre, o superintendente da Codevasf Emanoel Lima solicitou que técnicos da companhia visitassem o local para averiguar a veracidade dos fatos. Lá chegando, a comitiva encabeçada pelo geólogo Antonio Luna confirmou a informação passada pelo líder local Geronilson Pereira, conhecido por Zeca, de que existe sim água que pode ser usada para consumo humano.

De acordo com Luna o local trata-se de uma fossa tectônica marginal localizada, pouco vista na região do Salitre. “Posso dizer que essa é uma situação particular, o que temos aqui é uma minifossa tectônica com grande concentração de água superficial, com uma vazão excelente de aproximadamente 30 mil litros por hora, bem maior que muitos poços que já foram furados na região”, explicou.
Outra informação do geólogo que vai animar a comunidade do Salitre, que vive na seca há anos, é de que a água do poço é boa para o consumo humano e com a vazão citada pode abastecer toda a população da Goiabeira e região, inclusive facilitando a irrigação. Diante da informação positiva nossa equipe de reportagem perguntou ao especialista o que será feita com essa descoberta e qual o próximo passo da Codevasf, que foi respondida de imediato por Luna. “Agora vamos levar o relatório ao superintendente para que seja analisado e principalmente para dar um direcionamento do trabalho que será iniciado em prol do povo do Salitre, que inclui construção de um poço Amazonas e o cadastro dos futuros beneficiados”, revelou.
Quanto ao fato da água estar dentro de uma propriedade privada, o geólogo foi enfático: “Após a devida análise a companhia vai procurar os donos da terra para em comum acordo viabilizar o trabalho. É importante frisar que não podemos iniciar nenhum projeto ou estudo se não tiver a autorização dos donos, existindo duas saídas para o processo, ou os proprietários sedem as terras, através de um documento que seria uma certidão de servidão pública, ou a companhia desapropria a área”, expôs garantido que o melhor será feito.
Preocupação local
O vaqueiro Antonio da Silva, que utiliza a água do poço para irrigar a terra, disse que trabalha na fazenda há 27 anos e sempre soube desse poço, mas que não tinha ideia que pudesse ajudar a comunidade. “Viemos trabalhar aqui nessa área por que o chefe pediu que olhássemos as terras, pois há alguns anos um grupo plantou o que não devia e a polícia descobriu, então o chefe pediu que ficássemos de olho para que o problema não voltasse a acontecer”, expôs. Antonio ficou surpreso com a chegada da equipe da Codevasf e a sua maior preocupação era ter a certeza que o poço não vai secar caso a companhia mandasse fazer algum estudo, o que de pronto os especialistas da Codevasf descartaram, tranquilizando o agricultor.

Por Lidiane Souza (Diário da Região)
Fotos: Codevasf


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