Acompanhados por membros do setor de Educação Ambiental da Agência do Meio Ambiente de Petrolina (AMMA), um grupo de alunos do colégio Objetivo visita na tarde desta quarta (20), às 14h, a área do Açude Pontal, no distrito de Rajada, onde foram encontradas gravuras que remetem à possibilidade de existência de comunidades pré-históricas naquela região. Na última semana, o local foi visitado pelo professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, Celito Kestering, que tem Doutorado em Arqueologia.
“A descoberta desse local é de extrema importância para todos nós. Esperamos que a comunidade científica possa se aprofundar nos estudos sobre essa disponibilização rochosa e também as gravuras que foram encontradas. Com relação ao interesse de membros da comunidade em conhecerem área acreditamos ser importante tanto do ponto de vista da aquisição de conhecimento quanto do envolvimento na preservação e conservação. Naturalmente defendemos mais aquilo que conhecemos”, destaca o ambientalista e integrante da AMMA, Vitório Rodrigues.
Desde que as gravuras foram descobertas, o município de Petrolina se apressou em tomar medidas para proteger o local. O Executivo assinou o decreto 35/14, que prevê a proteção dos monumentos arqueológicos e pré-históricos do município. Caso os cidadãos tenham informação ou presenciem qualquer ação depredatória na área, as denúncias devem ser feitas para órgãos como Ministério Público e Polícia Federal. Através de uma parceria entre a AMMA e a secretaria Executiva de Turismo, o local deve ser dotado de uma estrutura que possibilite que entre no roteiro tanto do turismo quanto da comunidade acadêmica. Na última semana, uma limpeza foi feita em toda a área e a idéia é colocar um pórtico indicando o local de visitação.
No Açude Pontal, as gravuras com imagens de pessoas, folhagens, peixes, dentre outras figuras, estão colocadas de maneira impressionante, em paredões de pedra. No local foram encontradas ainda outras curiosidades, a exemplo de erosões polidas que podem ter sido causadas por turbilhamento de água com areia, indicando que um dia o Riacho Pontal pode ter sido perene.