por Luiz Fernando Teixeira
O consórcio Ventos de Casa Nova, vencedor da licitação para a construção do Parque Eólico de Casa Nova, cidade localizada na região baiana do Vale do Rio São Francisco, passa por dificuldades para honrar os compromissos com trabalhadores e fornecedores para a instalação das estruturas.De acordo com a assessoria da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), estatal responsável pela obra, funcionários das empresas subordinadas Construsel e Jordan reclamam de atraso nos salários causados por falta de repasse do pagamento por parte da IMPSA, líder do consórcio, o que levou a entidade a realizar uma intervenção de 90 dias nas obras.
Durante o período, a Chesf teve que pagar diretamente aos fornecedores dos insumos para a construção das torres de aerogeradores. “Não há dúvidas de que o Parque Eólico de Casa Nova será concluído e que todas essas questões serão resolvidas”, disse o superintendente de Projetos de Construção de Geração, Ruy Barbosa Pinto Júnior.
As obras estão 58% concluídas. A Chesf não descarta nova intervenção nas obras, desde que a IMPSA cumpra suas obrigações e contrapartidas, para garantir que a construção não seja prejudicada. Com um investimento total de R$ 930 milhões, o Parque Eólico promete tornar a região do Vale do Rio São Francisco um dos polos de produção de energia gerada pelos ventos no Brasil, com capacidade de produzir 234 mega watts (MW) por mês.