EM NOTA ENVIADA AO BLOGQSP, DEPUTADA FÁTIMA CRITICA CONVÊNIO ASSINADO PELO PREFEITO DE CURAÇÁ,PREJUDICANDO REASSENTADOS

Em face das manifestações ocorridas nos dias 3 e 4, dos trabalhadores reassentados do Projeto Pedra Branca, que reivindicam a revogação do convenio CV-I-92.2013.4350.00, orçado no valor de R$ 4.151.675,70, que tem como objetivo repassar responsabilidades da infraestrutura de irrigação e abastecimento de água potável dos reassentamentos do Projeto Pedra Branca da Chesf para o município, a deputada estadual Fátima Nunes (PT), que lá esteve presente, solidariza-se com os manifestantes e apoia, de forma incondicional, o movimento, e torna público seu entendimento:

  1. As justificativas dos trabalhadores têm assento no Acordo de 1986, por eles conquistado, que estabelece que a implantação dos reassentamentos, infraestrutura de irrigação, água potável, entre outros serviços é de inteira responsabilidade da Chesf, empresa responsável pela construção da Barragem de Itaparica.
  1. Que se a Chesf, mantenedora do projeto, segundo informações dos trabalhadores, não cumpre com o seu papel, no que concerne à garantia de sustentabilidade do Projeto Pedra Branca, haja vista às pendências processuais da instituição no ministério público; que se a área destinada aos trabalhadores é objeto de reivindicação da tribo indígena Tumbalalá, fato que emperra a gestão de serviços da Chesf; que se o valor do convênio não atende as necessidades básicas de infraestrutura relatidas à saúde nas agrovilas, entre outros benefícios; há que se questionar se o município dispõe de know how suficiente para suprir as demandas essenciais das agrovilas, de tal modo que possa quitar o débito social que é da competência da Chesf.
  1. Finalizando, o gestor municipal de Curaçá afirmar que esse movimento de trabalhadores e trabalhadoras, que foram destituídos de suas moradias, em função da implantação da barragem de Itaparica, é um protesto inconsistente e inconsequente, é querer usurpar o direito de quem tem. Além disso, querer atribuir a nós apoiadores do movimento a pecha de oportunistas, na verdade não passa de um procedimento evasivo, típico de pessoas alheias aos contextos reais, sem comprometimento e, principalmente, sem responsabilidade direta com as causas sociais. Desde o primeiro instante da concepção do projeto da barragem de Itaparica, que implicaria na desapropriação de terras e casas, eu estava lá, discutindo, falando em uníssono com o povo, acompanhando as etapas do processo. Antes, durante e depois. Estou onde o povo está. Porque sou da luta do povo que labuta, sem medo de ser feliz.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *