Imprensa da capital Pernambucana especula aproximação política de Osvaldo Coelho e Fernando Bezerra


Magno Martins

Desde a morte do ex-senador Nilo Coelho em 1983, o então poderoso clã de Petrolina se dividiu e se fragilizou economicamente e politicamente. De lá para cá já se vão 28 anos do desaparecimento do maior líder político que o sertão pernambucano projetou para o resto do Estado. Nilo foi secretário da Fazenda, deputado estadual, deputado federal, governador e senador da República.

No Senado, exerceu o mandato com brilhantismo, coerência e afirmação, tanto que chegou à Presidência da Casa. Político coerente, explosivo e afirmativo, Nilo perdeu a vida justamente depois de ser contrariado no exercício da presidência do Senado em função de um decreto do então ministro da Fazenda, Delfin Neto, que prejudicava o Nordeste.

Num discurso inflamado contra o regime militar, deixou a célebre frase: “Não sou presidente do Congresso do PDS. Sou presidente do Congresso do Brasil”. Osvaldo tinha tudo para ser o sucessor de Nilo, mas não conseguiu. Fernando Coelho, seu sobrinho, ex-prefeito de Petrolina por três vezes, ministro da Integração, se apresenta como a grande liderança da família.

Objeto da cisão do clã é o próprio Fernando, após quase três décadas da morte de Nilo, que dá um grande passe no sentido de unir os Coelho num único palanque, provavelmente em 2012 em torno de Fernando Filho, candidato a prefeito de Petrolina.

A única resistência à unidade, o ex-deputado Osvaldo Coelho, foi nomeado, ontem (22), para o Conselho de Irrigação do Ministério da Integração. O gesto de Fernando, largo, diga-se passagem, era tudo que o clã precisava para acabar com uma briga que parecia não ter fim.


 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *