UNIVASF LANÇA “CONSULTÓRIOS ITINERANTES” COM ATENDIMENTO DE SAÚDE PARA CRIANÇAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO

blogqsp.univasfA Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) iniciou nesta manhã (26), o projeto “Consultórios Itinerantes”, uma iniciativa promovida em parceria com o Programa Saúde na Escola, dos Ministérios da Educação e da Saúde.

O projeto visa levar atendimento médico oftalmológico e odontológico a crianças matriculadas em escolas públicas em municípios do semiárido. O lançamento aconteceu às 9h, no campus Juazeiro (BA), onde foram realizados os primeiros atendimentos aos estudantes da rede municipal de ensino.

Os equipamentos do projeto, orçados em R$ 2,5 milhões, são financiados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e os insumos serão custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os atendimentos serão realizados em contêineres que se encontram na Univasf desde agosto, quando a etapa de planejamento para a oferta do serviço à população foi iniciada. Para trazer os “Consultórios Itinerantes” para o Vale do São Francisco, a Univasf contou com o apoio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), cuja participação foi decisiva para a implantação do projeto na região.

Quando estiver funcionando plenamente, o que está previsto para 2014, serão ofertados serviços de atendimento oftalmológico e odontológico. Neste primeiro momento, apenas o Consultório Itinerante Oftalmológico entrará em funcionamento. Além da consulta médica, as crianças que tiverem óculos prescritos durante o atendimento já irão recebê-los ao sair do consultório. O contêiner também está equipado com um laboratório de lentes corretivas para confeccionar os óculos.

O coordenador do projeto, o professor do Colegiado de Educação Física da Univasf Alexsandro Machado, destaca que os “Consultórios Itinerantes” têm um grande valor para a região, pois irá atender vazios assistenciais identificados por meio do Programa Saúde na Escola. “São crianças que estão em idade escolar e não têm acesso a esse tipo de assistência em saúde, o que acaba prejudicando o rendimento escolar”, diz. Segundo o professor, jovens e adultos matriculados no Programa Brasil Alfabetizado também poderão receber atendimento médico e os óculos.

Machado frisa que as parcerias com as prefeituras de municípios da região foram essenciais para a implantação dos consultórios e, principalmente, para agilizar o início das atividades, pois os médicos que estarão à frente dos atendimentos pertencem às equipes dos munícipios. No futuro, o projeto passará a ter uma equipe própria, contratada por meio de concurso público.

A implantação do projeto também foi pactuada com o Colegiado Regional Interestadual (CRIE), da Rede PEBA de Saúde, que reúne secretarias municipais de saúde de cidades do Médio São Francisco dos Estados de Pernambuco e Bahia. Machado informa que foi a CRIE que definiu o início do projeto pela cidade de Juazeiro, onde, segundo levantamento realizado pelas equipes do Programa de Saúde da Família junto às escolas públicas, há 989 crianças que precisam de atendimento oftalmológico. “A média nacional indica que 25% dessas crianças precisam de óculos. E nós iremos atender todas elas”, informa o professor.

A expectativa é que após os atendimentos em Juazeiro, o Consultório Itinerante Oftalmológico venha para Petrolina, dando início à proposta de visitar diferentes cidades da região para levar atendimento de saúde às crianças. “Nossa ideia é transformá-lo num projeto de extensão, envolvendo vários outros projetos da universidade, fazendo uma interface forte com educação na saúde e levando um atendimento multidisciplinar aos municípios do Vale do São Francisco”, explica Machado.

Para o reitor da Univasf, Julianeli Tolentino de Lima, implantar o projeto “Consultórios Itinerantes” foi um desafio que a instituição abraçou. “É papel da Univasf contribuir para o desenvolvimento regional e não há desenvolvimento sociopolítico, nem econômico, que se sustente sem que as crianças estejam na escola. E nós sabemos que é preciso proporcionar boas condições para que as crianças possam permanecer na escola até concluir seus estudos e isso passa pela assistência à saúde também”, afirma.

Por: Assessoria de Comunicação

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