— Para tudo! Pelo amor de Deus, ‘senhora’ eu nem conheço. Se você quiser fazer cerimônia, vai ter que me chamar de senhorita porque sou invicta, nunca me casei com ninguém (risos).

Sagitariana nascida em 5 de dezembro de 1949, Angela não liga muito para a idade emblemática que alcança este ano. No entanto, ela aproveita a data para falar sobre uma das coisas que mais ama: o trabalho.

— Amo a vida, ela é meu grande amor. Sou apaixonada por estar trabalhando. Pelo menos essa data é uma oportunidade de divulgar os poucos shows que estão marcados, já que tenho uma agenda muito modesta. Mas desejo ampliá-la. Não quero desacelerar. Tenho muita conta pra pagar.

Espero que seja um novo ciclo de saúde, paz e trabalho — almeja ela, que diz não ter sonhos: — Me perdoe por eu ser uma pessoa tão diferente do que se espera da maioria das pessoas. Eu não sonho, não tenho expectativas e anseios, nem metas a seguir. Sonho só tenho quando durmo, alguns bons, outros aflitos. Não tenho sonhos de nada, só quero manter minha saúde mental e física para trabalhar e viver dignamente, confortável, alegre e lúcida.

Com show marcado para 3 de janeiro, no Teatro Rival Petrobras, onde apresenta o “75 anos de amor à música”, que também será apresentado em São Paulo, no Teatro J. Safra, no dia 11 do mesmo mês, ela ainda grava um documentário sobre a própria história, falando o que pensa.

— Quando olho pra trás, eu digo “Meu Deus, como já falei tanta loucura”. Hoje, estou falando mais loucura ainda, umas bofetadas na realidade, coisas que quase nenhum outro artista tem a coragem de falar. Sou escancarada. Falo muita bobagem, muita brincadeira. Não dá para me policiar. Sou uma pessoa que, se eu tentar me vigiar, vou estar me matando. Vou estar matando a espontaneidade da vida em mim — resume.

Apesar de ter passado por problemas de saúde em 2023, Angela afirma que sua saúde está ótima atualmente.

— Tive anemia. Andei trabalhando muito e comendo pouco. Na época, cancelei os shows, mas agora estou bem. Ficar doente independe da idade. Volta e meia, vejo gente linda, forte e jovem prostrada na cama. Não posso viver de máscara o tempo todo, mas evito receber muita gente e ter contato muito próximo. Se eu viver de beijinho aqui, selinho, abraço, bafo pra cá, bafo pra lá, certamente pegarei uma gripe forte — afirma a carioca, que garante estar curtindo a vida sem um amor para chamar de seu: — Não estou namorando. Tô solteira, ótima e feliz. Amo a vida. Hoje não estou tendo um caso de paixão com ninguém a não ser comigo mesma (risos).