O DESGOVERNO DE MIGUEL COELHO: INSATISFAÇÃO DA POPULAÇÃO E DE EX-SECRETÁRIO COM UMA ADMINISTRAÇÃO QUE AINDA “PATINA”

O Governo do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho(PSB), continua conflituoso e batendo cabeça, no segundo ano de gestão. Nos bastidores da Prefeitura de Petrolina, dos secretários, apenas dois possuem o reconhecimento popular e dos servidores públicos, a citar: o diretor-presidente da Autarquia Municipal de Mobilidade (AMMPLA), Geraldo Miranda e o Secretário de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, Eduardo Carvalho.

Eles realizam um bom trabalho à frente das pastas, e possuem respaldo pelas ações empreendidas na cidade, assim como, agregam experiência ao governo. Os demais secretários, apesar de terem um vasto currículo profissional, não estão conseguindo dar ritmo a gestão e melhorar a cidade de Petrolina, como prometido, na campanha eleitoral de 2016, pelo prefeito Miguel Coelho.

Em consulta popular, realizada no ano passado pelo blog, o Governo de Miguel Coelho possuía 72% de desaprovação. Número que evidencia, o cenário conflituoso e desagregador que o chefe do executivo têm com seus auxiliares e, respectivamente, com a população.

Recentemente, o Secretário de Infraestrutura e Habitação, Heitor Leite – Coronel Leite – um militar experiente, pediu exoneração, após não suportar os desmandos e a desorganização dentro do Governo Novo Tempo. Sem dúvida, foi uma grande perda para a Administração Pública Municipal, tendo em vista que no Governo de Júlio Lóssio, Coronel Leite foi secretário de educação, conseguindo melhorar os índices de ensino, colocando Petrolina em status de referência em ensino, a nível nacional.

Apesar das aparências, um aliado de Fernando Bezerra Coelho (MDB), em reserva, analisou a situação caótica e as últimas mudanças na gestão.

“Miguel Coelho não escuta ninguém. A verdade é que nem o Senador Fernando Bezerra tem sido ouvido por ele. O Coronel Leite, um cidadão petrolinense muito respeitado, precisou deixar a base porque não conseguiu se adequar ao sistema desorganizado de trabalho da gestão”, disse um interlocutor, pedindo anonimato.

O mesmo interlocutor, ainda, relatou que outra incoerência na gestão é manter a Coordenadora de Imprensa, Monik Arcanjo. “A área de comunicação precisa mudar. Não se pode manter uma assessoria de governo, em função de uma pessoa ou um veículo. No lugar de Monik, deveria assumir Júnior Vilela, pois mantém boa relação com a imprensa.”, comenta, a fonte.

O membro da cúpula do senador, também, afirma que se Miguel Coelho continuar “batendo cabeça” e mantendo uma postura – qualificada como coronelista – poderá não deixar um legado satisfatório da sua gestão para a população.

Os últimos ex-prefeitos deixaram seu legado na capital do sertão com grandes obras e conquistas, que até hoje marcam a vida dos petrolinenses.

Por exemplo, entre 1973 e 1977, Geraldo Coelho conseguiu implementar o ensino de nível superior, através da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape).

De 1977 a 1982, Diniz Cavalcante, foi outro grande exemplo de administrador público que a população teve a frente da Prefeitura de Petrolina. Na sua gestão, conseguiu viabilizar a construção do Viaduto do Barranqueiro e do Aeroporto.

Diferente de Miguel Coelho, Diniz usou de sabedoria e se cercou de 12 grandes técnicos durante o seu governo, tendo à frente o experiente professor universitário Valdenor Ramos, que tocou os projetos durante a gestão.

Entre 1983 e 1988, Petrolina testemunhou um impacto histórico de obras durante o Governo de Augusto Coelho, que soube conduzir a gestão e alcançar recursos federais e estaduais para mudar o cenário da saúde pública na cidade. Apesar das obras, também, carregou traços de coronelismo como Miguel Coelho demonstra ter.

Da geração mais recente, ainda, tem Guilherme Coelho que emplacou obras importantes, com a construção de praças, novas escolas e o bodódromo (o maior centro gastronômico de carne do Brasil) no município. Odacy Amorim, atualmente deputado estadual, conseguiu calçar mais de seis centenas de ruas, construir escolas e perfurar vários poços na zona rural.

O Senador Fernando Bezerra Coelho foi outro grande gestor, atuou na duplicação das avenidas da Integração e Monsenhor Ângelo Sampaio, além da construção do Centro de Convenções de Petrolina. Ele, também, viabilizou o Shopping Center.

O último da lista foi Júlio Lóssio, que criou o maior programa de creches (ensino infantil) e de habitação (10 mil moradias) que Petrolina viu na história. Ainda, implantou uma política arrojada na saúde básica e na valorização dos servidores.

“Todos esses fizeram história em Petrolina, enquanto, Miguel Coelho encontra-se muito longe de fazer metade do que esses grandes gestores fizeram pela cidade. É preciso que ele mude e escolha pessoas experientes e preparadas para lidarem com os problemas da cidade, e não apenas no currículo, mas no contexto social e dinâmico que o município vivencia”, conclui, o aliado de Fernando Bezerra.

Diante de todo esse caos, Miguel Coelho apostou todas as suas fichas indicando o engenheiro agrônomo e bacharel em Direito, Orlando Tolentino, para a Secretaria de Planejamento e Inovação. Policial Federal durante dez anos, Tolentino, talvez assuma a responsabilidade mais difícil da sua carreira profissional: a de organizar uma gestão que bate cabeça e patina no segundo ano de governo.