A Sociedade dos Vaqueiros de Curaçá foi fundada em 14 de agosto de 1959; A Sociedade dos Vaqueiros surgiu para dar apoio aos vaqueiros de um modo geral e realizar a festa dos vaqueiros durante o mês de julho a qual permanece até os dias de hoje.
O grande objetivo dessa nova diretoria é buscar meios para facilitar a vida dos vaqueiros através de projetos de políticas públicas a fim de resgatar a autoestima fortalecendo a sua cultura por meio do artesanato e sua musicalidade, buscar a unificação de todas as associações que representam o vaqueiro em nosso município, etc. A Sociedade conta hoje com aproximadamente 200 sócios, com uma perspectiva de aumentar esse número consideravelmente.
Temos o vaqueiro como o maior representante do povo nordestino, pois eles representam sua força e coragem. Infelizmente essa tradição que é passada de pai para filho não está acontecendo na mesma proporção de antigamente, acreditamos que se não fizermos algo para reverter essa situação, não diria acabar, mas se não mudarmos o cenário no que se encontra pode haver uma grande diminuição desses homens.
O vaqueiro é aquele que toma conta da fazenda cuidando do rebanho seja bovino, caprino, ovino etc. Para ser o bom vaqueiro é preciso ter muita coragem para enfrentar a seca e todas as dificuldades que ele passa no se dia a dia, estás são algumas das atividades de um vaqueiro: Tomar conta de todo rebanho em geral, verificando a falta de algum animal da fazenda, buscar os animais que se afastam do rebanho, se algum animal apresenta algum tipo de problema, dentre outras atividades. Sem o olho experiente de um vaqueiro todo o trabalho com rebanho torna-se difícil tornando assim a “lida” comprometida, pois, é ele que faz o trabalho mais árduo da fazenda. Ser um profissional da caatinga não é fácil, o vaqueiro enfrenta um ambiente cheio de perigos, onde a vegetação é de médio e baixo porte tornando difícil o seu trabalho. Outro ponto que merece destaque pra ser bom vaqueiro é seu cavalo, peça fundamental que serve para facilitar o seu trabalho, os dois tem uma relação de muito respeito e amizade.
Na vestimenta dos vaqueiros existe um grande número de peças, dentre elas podemos destacar as principais: Gibão, perneira, guarda-peito, chapéu de couro, luvas e sapatos de couro, peças que são confeccionadas por muitos deles, isso é outra coisa que também vem diminuindo bastante e um dos motivos é o elevado preço da matéria-prima que é o couro.
Hoje o vaqueiro vive dias de muita tristeza, pois está vendo acabar o que ele mais gosta de fazer, que é labutar com os animais, o principal motivo disso tem sido a seca que tem castigado o nosso sertão. Um dos motivos desse e-mail é chamar a atenção do poder público para esse grave problema enfrentado todos os anos por esses homens.
Uma das grandes conquistas desses homens é ser considerado um profissional, de acordo com o Projeto de Lei da Câmara (PLC 83/2011), dos ex-deputados Edigar Mão Branca e Edson Duarte. O vaqueiro faz parte da sociedade cumprindo assim todas as suas obrigações como um cidadão.
Atualmente já conseguimos beneficiar em partes o prédio da Sociedade, conseguimos algumas horas máquinas através de emenda do Deputado Federal Daniel Almeida PCdoB – BA, estamos buscando aos órgãos competentes melhorias sanitárias para as casas onde eles moram, queremos montar um projeto de condomínios para que os mesmos possam ter um local próximo ao rio que banha o município evitando assim o sofrimento na época de seca igual a que estamos passando neste momento, ter reprodutores PO para melhoria do rebanho caprino e ovino e etc.
Curaçá é conhecida como a capital do vaqueiro, pois, detém um dos maiores rebanho de caprino do Brasil. Aqui no município existe uma tradição que é a comemoração da festa que leva o seu nome, em 2013 completará 60 anos de existência. A festa dos vaqueiros é repleta de muita devoção ao Santo protetor, muita alegria e muita diversão em estar junto com os amigos onde muitos deles encontram-se somente nesta data, por que ninguém é de ferro. Eles também gostam de praticar esporte como: A pega de boi no mato, corrida de argolinha, corrida de prado e a derruba de boi.
