AO RÉS DO CHÃO

Carlos Brickmann

Michel Temer está a ponto de bater um recorde mundial: daqui a pouco, seu índice de aprovação poderá ser divulgado com nome por nome dos que o apoiam. Na última pesquisa Ibope, Temer está com 3%, menos da metade de Dilma na sua pior fase. E 77% acham seu Governo ruim ou péssimo.

Aliados já querem botar a culpa no pessoal de Comunicação, já que os bons resultados econômicos – um pouco menos de desemprego, uma leve alta no consumo, a tendência ao retorno do crescimento econômico, a forte baixa nos juros, a inflação em queda – não têm contribuído para evitar a má imagem de Temer e do Governo. O problema é que, no momento, os resultados econômicos teriam de ser fenomenais para elevar a popularidade do presidente.

Na hora em que cada prisão é saudada antes que se saiba seu motivo, esperava-se que Temer limpasse a área, cortando despesas, combatendo privilégios, implantando austeridade. E ele assumiu com Jucá, Padilha, Moreira Franco, e apareceu conversando com Joesley – aquele que não resistiu e caguetou a si mesmo. Não há popularidade que aguente.

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