POR QUE NÃO OS CATÓLICOS?

 

Jornal de Juazeiro, 24 de agosto de 2000

Sabemos que política é a arte de bem governar os povos. É notadamente, uma posição ideológica a respeito dos fins do Estado.
Preceitua o Art. 14, parágrafo 3º, da Constituição Federal, as condições de elegibilidade na forma da Lei, entre elas o pleno exercício dos direitos políticos. Portanto, como prescreve a Lei maior, todo cidadão pode concorrer a cargo eletivo; pertença ele a uma Corporação Militar, Sociedade Civil, seguidor de uma seita, doutrina ou praticante de qualquer religião; o importante é que não fira o artigo citado acima.
Evangelhos (Fontes dos) expressão como se designam os documentos primitivos de onde se tiraram os elementos que constituíam a vida de Jesus Cristo, contados nos Evangelhos sinópticos, segundo Mateus, Marcos e Lucas, e no quarto Evangelho, segundo João.
Igrejas evangélicas, qualificação que a si se dão diversas igrejas reformadas, notadamente as dos luteranos, de preferência à de expressão “igrejas protestantes” (ver Encicl.).
O Catolicismo é uma Igreja Cristã que reconhece por chefe espiritual o Papa, herdeiro de Pedro, que Cristo escolheu entre os doze apóstolos para fundar a sua Igreja.
O Credo Católico professa o Mistério do Deus Trinitário: Pai – Filho – Espírito Santo. Mistério da Morte e Ressurreição do Cristo, Filho de Deus, encarnado para a salvação dos homens. Mistérios resumidos no sinal da cruz.
Os evangélicos com sua série de igrejas, especialmente no Brasil, entraram no campo político com a sua força, coragem e fé de seus seguidores, verdadeiros soldados, lutadores, elegendo em todo o país, fiéis para às Assembléia, Executivo e Congresso Nacional. São autênticos políticos, com grandes bancadas. Entretanto, não se vê no Parlamento um vereador, deputado, senador gritar de viva voz que é um soldado de Cristo, católico praticante.
Sendo a política a arte de bem governar os povos; princípio doutrinário que caracteriza a estrutura constitucional do Estado, a Igreja Católica através de seus praticantes, deve estar presente na política com seu respectivo rebanho, tomando conhecimento e fiscalizando os atos do governo, como também, dando sugestões; enfim, ajudando a administração pública; evitando, assim os vícios públicos.
Fato é que os evangélicos estão presentes no cenário político nacional, identificando-se com o povo e seus fiéis seguidores. Não há a menor dúvida que, os Bispos de 23 dioceses da Igreja Católica na Bahia estão convocando os padres para debater sobre corrupções nas próximas eleições, com vistas a Lei 9.840, que dispõe sobre crime de compra e venda de votos. A Conferência Nacional dos Bispos está criando uma Paróquia, com comitês para fiscalizar as eleições com o slogan “Voto não tem preço”.
Alguns movimentos da Igreja Católica, a exemplo da Tv Canção Nova, estão conscientizando os cristãos a votar em candidatos que tenha caminhada e, que os carismáticos devem votar em candidatos da RCC.
Conclui-se que tanto os evangélicos, espíritas, católicos, seguidores de seitas, etc., não se corrompam; votem em candidatos que tenham dignidade e que bem representem o nosso povo, porquanto, precisamos de eleições limpas e democráticas.

POR QUE NÃO OS CATÓLICOS?

Geraldo Dias de Andrade é Cel.PM/RR – Escritor – Bel. em Direito – Cronista – Membro da Academia Juazeirense de Letras – Membro da ABI/Seccional Norte.



 

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