Projeto há 60 dias na Câmara empaca porque vereador desconhecia detalhes

O edil Dedé da Simpatia (PSDB) protagonizou mais um momento polêmico da Câmara de Vereadores de Petrolina. Na sessão da terça-feira (15), o parlamentar pediu vista de um projeto (nº 017/12) que tramitava na casa há cerca de 60 dias e tratava sobre a desafetação e alienação de um imóvel. O terreno em questão é o da Central de Transportes e está avaliado em cerca de R$ 4 milhões.

O recurso seria revertido, prioritariamente, à regularização fundiária do município e a diferença, para a iluminação da Av. Cardoso de Sá. Antes do início da votação, Dedé pediu vistas e quanto foi questionado sobre o motivo pelo líder do governo municipal da Casa Plínio Amorim, Pérsio Antunes (PMDB), não quis dizer no momento. Em conversa com a equipe de reportagem do Nossa Voz (Grande Rio FM), da Simpatia alegou não saber detalhes do projeto; desconhecia que ele entraria na pauta do dia porque estava viajando no interior do município e não recordava se a matéria estava de acordo com a última emenda à Lei Orgânica do município.
“Desde que eu entrei aqui, quando o vereador tem qualquer duvidazinha, o direito é de pedir vistas antes de discutir. Não sei os objetivos da venda desse imóvel, mas Alvorlande disse que tem numa emenda para regularização fundiária e iluminação. Porém antes só se poderia vender terrenos para educação e saúde. Mas aí teve emenda à Lei orgânica e como não estou de posse daquela emenda, aí quero ver se contempla tudo isso. Não me lembro de regularização fundiária lá. Aí vou sentar com assessor técnico para ver tudo. Se tiver tudo ok, já repasso para colocar quinta ou terça-feira”, destacou.
O pedido de vistas foi aprovado pela maioria da casa, mas o ato de Dedé foi criticado por Pérsio e não-acatado por Alvorlande Cruz e Raimunda Sol Posto. “Ele não se justificou, disse apenas que no passado era assim. Eu acho que isso só faz atrapalhar e atrasar o processo de regularização fundiária de Petrolina”, disse o peemedebista. 
Alvorlande Cruz, por sua vez, alegou que o pedido não se justifica por dois motivos: o projeto já tramitava há quase dois meses e atrasa ainda mais a regularização fundiária de Petrolina. “Além disso, como poderia eu votar contra um projeto que vai iluminar uma avenida onde já houve tantos acidentes na cidade. É legítima qualquer dúvida, mas ele poderia tê-las tirado há mais tempo. Espero que ele esteja com uma fundamentação respaldada”, ressaltou.
Grande Rio FM


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