Lilian Machado/Tribuna da Bahia
O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, rebateu ontem a suposta tese de que o “PT quer tudo” e ainda a cobrança de alguns aliados, em relação ao apoio do partido nas eleições municipais da Bahia, conforme mostrou a Tribuna. O líder petista justificou que a maior participação do PT nas disputas se justifica pelo fato de o partido ser hoje a maior bancada federal e estadual e possuir o maior número de prefeituras no Estado.
Ele defendeu o diálogo entre as siglas que compõem a base de sustentação ao governo Wagner e destacou que “todos são testemunhas da reciprocidade” do PT. A resposta foi direcionada ao presidente estadual do PCdoB, Daniel Almeida, que cobrou a adesão do PT ao projeto comunista principalmente nas cidades de Juazeiro, Guanambi e Itabuna. Segundo Almeida, o PCdoB já teria declarado apoio aos petistas em 11 cidades, mas não teria obtido a mesma resposta do PT, em relação aos seus pré-candidatos.
Em nota enviada à imprensa, Jonas citou que o PT tem comprovado “reciprocidade em cidades estratégicas”, como Guanambi, Eunápolis, Porto Seguro, Paulo Afonso, Barreiras, Itabuna e Jequié.
“Portanto, as informações de que o PT quer tudo não procede. Agora, pela forte presença institucional e nos movimentos sociais, é claro que temos uma maior densidade, principalmente nos grandes centros. Mas no conjunto das cidades médias e pequenas, estamos fechando o apoio a quase todos os partidos da base”, disse, citando ainda o PR e o PMDB.
Conforme o presidente, é “natural” que o PT dispute em maior número. A forte presença institucional e a ampliação “significativa” das bancadas foram apontadas por ele como motivos para essa visão de hegemonia.
“Todos são testemunha da defesa de reciprocidade. Tanto que, estamos discutindo com os aliados nas 35 principais cidades e em mais de 15. Nós temos potencialmente carreado apoio a aliados.
E quando sugerimos nomes, sempre é para discussão dentro das possibilidades de apoiar ou ser apoiado”. Jonas destacou ainda o papel do Conselho Político – formado por todos os partidos, que tem discutido também a possibilidade de alianças fora da base.
A conclusão é de que a composição do governo deve se fortalecer. “Entendemos que as ações eleitorais devem estar direcionadas para fortalecer ainda mais a base do Governo Wagner e o conjunto dos partidos”, justificou. (LM)