Vale do São Francisco poderá produzir pera em grande escala

Após três anos de pesquisa desenvolvida pela Embrapa Semiárido, o PhD em Ciências Agrárias e pesquisador da Empresa, Paulo Roberto Lopes, descobriu que a região tem potencial para a produção de larga escala de uma fruta que o Brasil exporta em 90 % de países como Chile e Argentina, a pera. Na última quarta-feira (03), o Secretário de Irrigação de Petrolina, Newton Matsumoto, esteve em visita na Fazenda de Experimentação da Embrapa Semiárido para conhecer a nova cultura que pode ser mais um impulso para a fruticultura irrigada da região. O pesquisador Paulo Roberto explicou que o sistema de gotejamento através da irrigação, aliado às técnicas de manejos e poda, mostraram que é sim possível produzir a fruta, mesmo na região seca do semiárido. “Hoje, temos hectares plantados aqui na área experimental da Embrapa com 18 espécies. Muitos produtores da região já conheceram o nosso estudo e se mostraram interessados em iniciar a produção e comercialização da fruta na região”, revelou. Paulo Roberto explicou ainda que o Brasil tem todas as condições de, no futuro, deixar de exportar e passar a consumir a fruta produzida em seu próprio país. “Até agora os resultados foram ótimos, a fruta se adaptou muito bem ao clima da região”, declarou. Um exemplo é a maçã que no país que passou a ser um negócio altamente competitivo, pois num espaço de pouco mais de 30 anos, o Brasil passou de importador para exportador. No ano de 1970, a produção nacional representava apenas 10% do consumo, hoje são mais de 36.000ha que produzem o suficiente para atender o mercado interno e até permitir a exportação de maçãs de alta qualidade, principalmente, porque o Brasil produz as cultivares do grupo Gala e Fuji, maçãs de alta aceitação no mercado internacional. Pela diversidade de climas e solos, o Brasil apresenta condições ecológicas para produzir frutas de ótima qualidade e com uma variedade de espécies que passam pelas frutas tropicais, subtropicais e temperadas. Apesar deste quadro favorável, o país ainda importa volumes significativos de frutas frescas e industrializadas, como acontece como a pera, ameixa, uva, kiwi, maçã, entre outras. Esta atividade poderá ser explorada com sucesso nos mercados estaduais, regionais e locais.

Ascom: Jaquelyne Costa

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