Urgente: Confronto entre tropa de choque e bombeiros no Rio de Janeiro

 


Os cerca de 2.000 bombeiros que ocupavam o Quartel Central, na praça da República, no centro do Rio de Janeiro, desde as 20h de sexta-feira (3), começaram a deixar o local por volta das 8h20 deste sábado (4). Segundo a Polícia Militar todos serão levados para o Batalhão de Choque, também na região central. Vários ônibus chegam a todo momento para fazer o transporte. O clima é tenso, mas a operação ocorre pacificamente.

O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, confirmou nesta manhã que os bombeiros podem ser considerados presos. Em nota à imprensa na noite de sexta, a Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil informou que as prisões ocorrem por “invadir órgão público, agredir um coronel e desrespeitar o regulamento de conduta dos militares”.

Policiais do Batalhão de Choque da PM invadiram o quartel por volta das 6h deste sábado. Mais de 2.000 bombeiros ocuparam o local em uma manifestação por melhores salários e condições de trabalho na noite de sexta e passaram toda a madrugada lá.

Os homens do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. Algumas crianças e mulheres que também integravam o protesto tiveram intoxicação e ferimentos leves. Todos foram atendidos no posto médico no interior do quartel e não correm risco.

Nesta manhã, uma mulher entregou uma uma cápsula deflagrada de fuzil a uma equipe de reportagem da Rede Record que estava no local. O comandante-geral da PM analisou o objeto e disse que, apesar da PM ter entrado no quartel com fuzil, nenhum tiro foi deflagrado e ninguém sofreu ferimento por arma de fogo. Segundo ele, a origem da cápsula é desconhecida.

Gritos de ordem

Mesmo cercados pela PM nesta manhã, os bombeiros gritaram palavras de ordem. Policiais da Cavalaria da PM ficaram no entorno do quartel e impediram a entrada dos manifestantes que estavam do lado de fora do complexo. Dois helicópteros da PM sobrevoaram o quartel.

A manifestação dos bombeiros começou em frente a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) no início da tarde de sexta-feira e passou pelas principais ruas do centro do Rio. Mulheres e crianças acompanharam o protesto, que chegou ao quartel central por volta das 20h.

Segundo a PM, o comandante do Batalhão de Choque, coronel Waldir Soares, foi ferido durante a invasão dos manifestantes.

Por volta das 2h deste sábado, o comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, pediu aos manifestantes que deixassem o quartel e voltassem para a casa. No entanto, os bombeiros responderam com gritos de que não iam recuar.

Os bombeiros reivindicam piso salarial líquido de R$ 2 mil e vale-transporte. Os manifestantes querem um acordo com o governador Sérgio Cabral.

 

 

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