Mulheres realizam conferência temática de Assistência Técnica e Extensão Rural

Garantir a visibilidade para as agricultoras familiares nas iniciativas de assistência técnica e afirmar um atendimento diferenciado para as mulheres no meio rural da Bahia. Com este propósito foi realizada a 1ª Conferência Temática de Ater para mulheres, nos dias 13 e 14 de março, com a presença das 120 delegadas, além de agriculturas familiares e representantes de instituições ligadas a agricultura familiar. O evento destinado às mulheres aconteceu como parte da programação oficial da 1ª Conferência Estadual sobre Assistência Técnica e Extensão Rural (Ceater), que será encerrada nesta sexta-feira (16), no Hotel Sol Bahia, em Salvador, e que significou um marco histórico de grandes expectativas para a agricultura familiar baiana.

Com tema central “Ater para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária e o Desenvolvimento Sustentável da Bahia Rural”, a 1ª Conferência discute a construção de diretrizes que contribuirão para o aperfeiçoamento e consolidação das políticas públicas estaduais e federais. “Este é um momento privilegiado para debater as prioridades e estratégias da Ater, no contexto do desenvolvimento rural sustentável, em busca de novos desafios para o fortalecimento da agricultura familiar e dos assentamentos da reforma agrária”, declarou o presidente da EBDA, Elionaldo de Faro.

“A participação de mulheres nos processo preparatórios à Conferência Estadual foi de fundamental importância para intensificar o diálogo sobre a assistência técnica na promoção de igualdade de gênero, propondo diretrizes voltadas para o reconhecimento do trabalho das mulheres rurais e para o estímulo a sua inclusão econômica”, enfatizou a articuladora estadual da Rede Temática de Ater para Mulheres Rurais, da EBDA, Nágila Leite.

Durante o encontro foi apresentada a versão estadual do documento que servirá como base para a realização da Conferência Nacional sobre Ater na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Cnater). Na sequência foram formados grupos de acordo com cada eixo temático com a finalidade de ajustar, incluir e suprimir proposições voltadas para a mulher rural.

De acordo com uma das delegadas da EBDA, chefe do Escritório Local de Iaçu, localizada na Gerência Regional de Itaberaba, Micherlanne Ferraz, a mulher está vivendo um marco na história, quando se trata da questão de gênero nas políticas públicas de Ater. “Esse momento gera uma grande expectativa de desenvolvimento da agricultura familiar, quando se organiza e sistematiza a Política Nacional de Ater (Pnater), firmando ações voltadas para a mulher rural”, revelou Ferraz.

De acordo com o representante do MDA, Argileu Martins, é muito importante dizer que a Ater é a plataforma para que todas as políticas públicas de desenvolvimento rural cheguem a cada estabelecimento da agricultura familiar e reforma agrária. “A expectativas é que as conferências organizadas nos estados e após a conferência nacional, contribuam decisivamente para o aprimoramento, qualificação e ampliação dos serviços de Ater no Brasil”, ressaltou Martins.

Ele também reforçou que a EBDA precisa ser a entidade que vai capitanear e coordenar todo esse sistema estadual, como entidade oficial de assistência técnica da Bahia. “Por ser um ente do Estado, ela tem a capacidade de coordenar, organizando e sistematizando o serviço que está sendo feito, orientando do ponto de vista metodológico e do ponto de vista programático, permitindo ao agricultor ter acesso ao conhecimento”, concluiu.

As discussões giram em torno de cinco eixos temáticos que apresentam a extensão rural a partir dos seus avanços e sua articulação com as políticas de desenvolvimento rural: Ater e o Desenvolvimento Rural Sustentável; Ater para a Diversidade da Agricultura Familiar e a Redução das Desigualdades; Ater e Políticas Públicas; Gestão, Financiamento, Demandas e Ofertas de Serviços de Ater; e, Metodologias e Abrodagens de Extensão Rural.

(Ascom EBDA)

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