Manuca participa de concerto com a orquestra Afro Sinfônica


A Orquestra Afro Sinfônica dá início a uma temporada inédita de 12 concertos no Espaço Cultural da Barroquinha, a partir da próxima segunda-feira (04), às 19h, com ingressos sendo vendidos a R$10 (inteira) e R$5 (meia). Essa apresentação marca a estreia do projeto “Orquestra Afro Sinfônica Convida”, que vai se realizar até o mês de dezembro, sempre em duas segundas-feiras do mês e com presença de participações especiais. Nesta edição, os convidados serão os cantores Lazzo, Manuca Almeida (autor de “Esperando na Janela”) e Mateus Aleluia, que assina a direção musical do projeto.

Núcleo Moderno de Música 
Tudo começou em 1999, quando o maestro, professor e arranjador Ubiratan Marques (conhecido como Bira Marques), que integrou a Jazz Sinfônica de São Paulo e ministrou aulas na EMESP – Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim, de volta a sua terra natal, decidiu se unir ao também maestro, percussionista e pesquisador musical baiano Gilberto Santiago; e assim surgiu o Núcleo Moderno de Música, situado no Centro Histórico de Salvador. A ideia deu tão certo que em menos de um ano a escola já tinha atraído cerca de 150 alunos. “Deste Núcleo, selecionamos os músicos mais avançados e que tinham essa mentalidade musical – de fazer uma orquestra brasileira – e vontade de aproximar o público baiano da música erudita”, conta o maestro.

O diferencial da Orquestra Afro Sinfônica, segundo o seu próprio fundador, é cultivar a música sinfônica brasileira. “Quando você cultiva sua própria cultura, sua própria música, você soa com mais propriedade e se destaca lá fora. Beethoven, que eu tenho grande admiração, que isso fique claro, fazia música alemã, com motivos vindos da realidade alemã. Os motivos que nós, e outras orquestras baianas como a Rumpilezz e a Sambone (pagode erudito), fazemos, vêm da vida e do cotidiano do povo baiano e brasileiro, são propriedades nossas, são sonoridades do nosso cotidiano; de certa forma resgatamos a nossa memória e a nossa cultura”, explica.

Lu Almeida


 

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