Líderes políticos baianos se reúnem para discutir a pobreza no estado


 O bom desempenho da Bahia no combate à pobreza foi destaque do debate “Dimensão e a Medida da Pobreza Extrema no Brasil, O Caso da Bahia”, que reuniu gestores estaduais, o diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Jorge Abrahão, o chefe de gabinete da Secretária Estadual de Relações Institucionais, Pedro Alcântara, e representantes da sociedade civil, nesta sexta-feira (1º), em Salvador.
O IPEA, fundação pública federal vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, está apresentando o seminário em 15 estados brasileiros, traçando a linha nacional da extrema pobreza. O instituto utiliza o conceito de pobreza extrema como “o estado de privação de um indivíduo cujo bem-estar é inferior ao mínimo que a sociedade à qual ele pertence julga obrigada a garantir”. Nesse contexto, são considerados pobres extremos aqueles com renda mensal per capita inferior a R$ 70.
“A Bahia está crescendo com uma velocidade superior à do Brasil e está conseguindo fazer com que este crescimento chegue à população mais pobre. Mantido este movimento, é possível se erradicar a pobreza extrema”, destacou Abrahão. Segundo ele, de 2004 a 2009, a redução da pobreza no estado foi de 10,6 pontos percentuais, enquanto no país foi registrada uma redução de 7%.
Abrahão disse também que na Bahia, segundo o IBGE, são cerca de 2,5 milhões de pessoas vivendo na pobreza extrema, aproximadamente 200 mil somente na cidade de Salvador e, na região metropolitana, em torno de 300 mil. Para o diretor do IPEA, o Vale do São Francisco é a região onde há maior concentração da pobreza.
Ele enumerou as características que ajudarão a Bahia a obter sucesso na missão de erradicar a pobreza extrema. “É um estado rico, tem uma estrutura diversificada em termos de produtividade, tem indústrias, agronegócio, estrutura de serviços, minérios, e tem governantes compromissados em transformar esta situação, com crescimento expressivo, como mostram os números, principalmente da renda média”.

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