Greve dos Correios termina sem acordos

Uma decisão judicial põe fim à paralisação dos funcionários dos Correios, depois de 28 dias de greve. Na última terça (11), uma determinação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), expôs o racha entre a cúpula da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) e seus representados. Os próprios sindicalistas reconheceram que a decisão pouco difere de um acordo feito na semana passada, endossado pela cúpula e rejeitado pelos funcionários em assembleias. Com a decisão, os funcionários voltaram ao serviço ontem (13), mas isso não significa a normalização dos serviços.
Por telefone, o dirigente da Sincotelba em Juazeiro, Márcio Góes disse que serão necessários cerca de 20 dias, para os serviços estarem funcionando em plenitude. A equipe de reportagem ontem pela manhã encontrou alguns carteiros que expressam estar entregando, apenas, os cartões do Enem. Apesar de não ter havido nenhum acordo, o dirigente também descartou qualquer possibilidade de uma nova manifestação grevista.
Depois do julgamento, o presidente do TST, ministro João Oreste Dalazen, disse que a decisão expõe um dos principais problemas trabalhistas do Brasil. “O comando de greve foi desautorizado por seus representados. Temos um problema sério porque não há como negociações sérias serem conduzidas por sindicatos sem representatividade real”, atentou.
Os próprios grevistas admitiram a frustração com o resultado do movimento. “Não tivemos a oportunidade de negociar”, frisou Góes disse.

A greve começou no dia 14 de setembro e o impasse residia no valor do aumento real a ser concedido e no desconto no salário para os dias de paralisação até agora.

Por Mônia Ramos


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