Depois da Codevasf, atingidos por barragens ocupam sede da Chesf

 

Cerca de 1,5 mil integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) de toda a região do Nordeste ocuparam, há pouco, a sede da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), no Recife. Os manifestantes protestam contra o atual modelo energético brasileiro, as tentativas de privatização da água e da energia em curso no país, além de reivindicarem a garantia de direitos para as famílias atingidas por barragens.

A mobilização faz parte da jornada nacional de lutas do MAB e acontece na semana do Dia internacional de luta contra as barragens, pelos rios, pela água e pela vida, celebrado no dia 14 de março.

No Brasil, mais de 90% do total da eletricidade gerada vem das hidrelétricas. De acordo com José Josivaldo, dirigente nacional do MAB, “este modelo energético brasileiro transforma a água e energia em mercadorias, privilegiando as grandes corporações e empresas eletrointensivas (que consomem muita energia) e não fortalece a nossa soberania nacional”.

Nesse cenário, as construções de barragens no Brasil vem deixando um rastro de violência e crimes cometidos contra as famílias no campo e na cidade e contra o meio ambiente. Só na região da Bacia do São Francisco, estima-se que mais de 200 mil famílias tenham sido atingidas e expulsas de suas terras para a construção de barragens.

 

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