É certo que o semi-árido passa por uma séria estiagem e tal situação tem agravado o sofrimento do sertanejo, que tem perdido seu rebanho para a seca. O BlogQSP foi informado que em Carnaíba do Sertão a situação é alarmante, os açudes estão vazios, os poços artesianos estão com o sistema de extração de água danificado e, consequentemente, os animais estão morrendo de sede.
Segundo informações enviadas a equipe do BlogQSP pela Associação Comunitária Agropecuária e Amigos da Serra dos Espinhos no povoado de mesmo nome, localizada em Carnaíba, todos os açudes estão vazios e duas bombas de catavento estão danificadas em razão do desgaste gerado pelo longo tempo de uso.
Ainda segundo a associação foi solicitado ao SAAE a substituição de duas bombas de cata-vento dos poços comunitários do referido povoado, pois as que estão instaladas não têm mais condições de uso. “Pois bem, depois de falar com várias pessoas daquela entidade, durante várias idas e vindas e depois de várias promessas, até a presente data, nada foi efetivamente feito”, desabafaram.
Como conseqüência, veja pelas imagens o resultado do descaso e do desrespeito ao clamor e ao sofrimento do humilde povo sertanejo, castigado pelo clima e pelos homens:
O grupo questiona como uma entidade municipal que arrecada milhões mensalmente não pode trocar duas bombas. “no valor de R$ 800,00 (oitocentos reais). O que é pior é o fato de não dispor de vontade para resolver o problema, pois os três orçamentos necessários para a cotação de preços foram levados pela própria comissão, porque o SAAE não se deu sequer ao trabalho de assim proceder, já tendo transcorrido vários dias da solicitação das bombas”, revelam.
A Associação Comunitária Agropecuária e Amigos da Serra dos Espinhos também encaminhou através de ofício, à CODEVASF a solicitação da limpeza dos açudes existentes no entorno daquele povoado, principalmente o denominado “Lagoa Grande”, principal depósito de água daquela região, responsável pelo sustento de cerca de cinco mil animais, entre caprinos, ovinos, bovinos, equinos e muares, sem falar dos pássaros e demais animais ali existentes. “Como resposta, fomos informados extra-oficialmente de que o atendimento à solicitação estava prejudicado em razão da inexistência de verbas para tal fim, e que esta verba somente poderia chegar através de emendas parlamentares, votadas somente entre os meses de outubro a dezembro.” Expuseram com decepção acrescentando ainda que “Enquanto a burocracia está se alimentando do tempo, este está retirando dos animais e das pessoas a possibilidade de alimentar-se”, concluíram fazendo questão de mostrar a situação que enfrentam através de fotos.
AÇUDE LAGOA GRANDE
AÇUDE DAS PIABAS
AÇUDE MULUNGU
POÇO COMUNITÁRIO
