Circula nas redes sociais uma carta do monsenhor Guilherme Gomes da Silva, 89 anos, endereçada ao Colégio dos Consultores, onde ele faz fortes acusações ao bispo diocesano, Dom Ruy, que desde que chegou ao município de Caruaru coleciona diversas polêmicas por sua postura e posicionamentos.
No texto, Guilherme afirma ter sido transferido de Malhada de Pedra, na zona rural de Caruaru, para morar no lar sacerdotal da diocese.
Ele diz que sua biblioteca ficou encaixotada numas das dependências do seminário diocesano e há dois anos e seis meses pede para que os padres responsáveis encaminhem as obras, a fim de ficarem ao seu alcance.
Após ameaçar acionar o Conselho do Idoso, o monsenhor relata o surgimento de Dom Ruy, com “voz arrogante num timbre por demais elevado”, apontou.
Ainda de acordo com Guilherme, o bispo apontou defeitos do clero e que por isso não gostava do clero, nem da diocese e nem da cidade. Estava arrependido de ter assumido diocese de caruaru.
Dom José Ruy assumiu a Diocese de Caruaru em 2019. Neste período ele, além de colecionar críticas de parte da comunidade católica por sua postura bastante diferente do bispo anterior, Dom Bernardino Marchió, que sempre foi bastante querido, ele também protagonizou algumas polêmicas.
Durante as eleições de 2020, por exemplo, o bispo se posicionou politicamente e emitiu uma nota oficial da diocese pedindo voto “contra o comunismo”, o que gerou reações dos católicos de esquerda.
Também no ano passado, ele se tornou notícia nacional ao ordenar os padres a negarem comunhão a quem apoiar a legalização do aborto.
Na nota, o monsenhor que denuncia o bispo de violência contra idoso é uma espécie de violência psicológica, afirma que foi desafiado a apelar para as autoridades civis.
O Blog Cenário procurou a assessoria da Diocese de Caruaru e aguarda posicionamento