CADEIA PRODUTIVA DA FRUTICULTURA DO VALE DO SÃO FRANCISCO PARTICIPA DE WORKSHOP

unnamedProdutores, pesquisadores e instituições da região do São Francisco se reuniram no workshop “Situação atual e estratégias de enfrentamento a situações de emergência fitossanitária para fruticultura”, durante toda esta terça-feira,12 , no auditório da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), em Juazeiro.

Resultado da parceria entre a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária (SBDA), Biofábrica Moscamed Brasil e Sebrae, o debate concentrou-se na busca de estratégias para o enfrentamento às questões fitossanitárias, com peso maior na presença da mosca-da-fruta(ceratitis capitata) – considerada praga da fruticultura.

O Vale do São Francisco se consolidou como uma importante região agrícola no Brasil com a implantação dos distritos de irrigação, sendo Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco, responsáveis por mais de 95% das exportações de manga e uva de mesa. Mas por suas características climáticas e geográficas e práticas de manejo adotadas, desenvolveu condições favoráveis ao estabelecimento e aumento populacional de pragas.

O produtor de manga, coco e maracujá no Distrito Irrigado de Maniçoba, José Alves dos Santos Filho destaca um dos pontos fundamentais no controle da praga são as orientações e assistências técnicas recebidas pelo Sebrae, promovidas através de palestras e workshops, porque ajuda a disseminar os cuidados que os produtores devem ter no trato de seus cultivos. “O Sebrae tem orientado bastante, mas é importante que todos se interessem em participar dos eventos e aprender a fazer o que é necessário para não perder a produção gerando mais prejuízos”, ressalta.

O produtor diz que faz sua parte no controle da mosca-da-fruta em seus 15 hectares de cultivo, utilizando o monitoramento e o controle cultural que consiste em catar uma a uma das frutas atingidas pela praga. Entretanto, tem sofrido muito, porque enquanto ele cuida de sua área, outros vizinhos não fazem a mesma coisa afetando a plantação de quem cuida. “É importante que todos cuidem de suas áreas para ficarmos livres dessa praga. Tive prejuízo de 10% de minha área o que chegou a uma perda de R$ 10 mil no ano. Enfrentamos problemas maiores quando a safra é ruim, pois falta até mão de obra. Quando a safra é boa podemos cuidar mais, contratar mais gente”, explica o produtor.

Jair Fernandes, da Biofábrica Moscamed, compartilha com a opinião de José Alves afirmando “que é preciso entender que esse é um problema de todos e, se não for eliminado, poderá representar o fim do setor de da fruticultura no Vale do São Francisco. É importante conscientizar a todos para a realização do controle cultural da mosca da fruta”.

O analista do Sebrae e um dos palestrantes, Rinaldo Moraes, levou ao público conhecimentos em torno do Sebraetec: Aglomerados Produtivo, que tem como objetivo a promoção do fornecimento de serviços de alavancagem de um fator de competitividade tecnológico comum a um grupo de empresas. “O papel do Sebrae é levar o conhecimento até o pequeno produtor e uma das grandes ações, desenvolvida em parceria com o SENAR, é o programa D-OLHO na Qualidade através do descarte, organização e limpeza da propriedade, trabalhando também aspectos da qualidade para que o produtor entenda que a fruta deve ser produzida da melhor maneira possível para que cheguem ao mercado sem nenhum problema”, afirma.

Segundo Moraes, é usando todas as técnicas da biotecnologia dentro das propriedades e através de um trabalho de massificação das capacitações que o Sebrae vem conseguindo influenciar os produtores, além de reforçar as ações com dias de campo e missões técnicas em parceria com Moscamed, Embrapa e Adab.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *