Funcionários da Uneb param as atividades hoje, uma forma de reivindicar o pagamento da URV. A paralisação é de 24 horas para pressionar o governo baiano uma negociação do pagamento parcelado da Unidade Real de Valor (URV), usada na transição do Plano Real, mas que provocou perdas nos salários dos trabalhadores.
No caso dos servidores baianos essa perda é calculada em torno de 11% dos salários, retroativo a 1994, quando a URV foi criada. O governo só admite discutir o assunto após o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar um pedido semelhante dos servidores do Rio Grande do Norte, que servirá de parâmetro para todo o País.
A paralisação é estadual, mas, de acordo com a representante do Sintest, do Colegiado de Pedagogia, Luzia de Oliveira, os professores da Uneb campi Juazeiro deverão estar reunidos com o presidente do Sindicato Edson Pinto, que está em Juazeiro para um encontro com os servidores das áreas de Humanas e Tecnologias.
Outras categorias também continuam lutando pelas URVs no país.
A URV
A Unidade Real de Valor foi um indexador lançado pelo Ministério da Fazenda, em 1994, quando era Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, no Governo Itamar Franco e foi lançada como um dos pilares de sustentação do Plano Real, que viria a ser o plano responsável pela estabilidade econômica do país.
A URV vigorou entre março e junho de 1994, como elemento de transição entre a saída do modelo monetário em vigor com a moeda CRUZEIRO REAL e a implantação do novo modelo monetário que entrou em vigor a partir de 1º de julho de 1994, com a moeda REAL e que continua em vigor até os dias atuais, apurando uma inflação naquele período de apenas 3% (três por cento), enquanto o CRUZEIRO REAL, por mês, apresentava inflação de 190% (cento e noventa por cento), chegando ao percentual anual de 5.153,50% (cinco mil, cento e cinqüenta e três, vírgula cinqüenta por cento).
Por Mônia Ramos