A chuva que voltou a cair desde o final do ano passado trouxe alegria para o sertão. Depois de três anos de estiagem, o tempo dá sinais de que o castigo da seca está perto do fim. Só em novembro e dezembro do ano passado choveu mais do que os outros dez meses de 2013 juntos. Mas nem todo mundo comemora. Quem lida com agricultura irrigada não gosta de chuva em excesso. Dependendo de qual estagio da plantação a chuva ocorrer, pode representar prejuízo especialmente para plantadores de uva e manga.
A uva estragada em decorrência do excesso da umidade tem que ser descartada para não comprometer o resto do cacho. O descarte reduz a produtividade, e o processo que é conhecido como “raleio” requer um maior emprego de mão de obra aumentando os custos de produção.
Edis Matsumoto é sócio em uma fazenda localizada no N10 do Projeto Irrigado Senador Nilo Coelho em Petrolina. A propriedade tem uma área 30 hectares de uva. A cultura é rentável, mas cheia de riscos, só com a chuva do final do ano passado a fazenda sofreu um prejuízo de 250 mil reais. Por isso, os agricultores ficam de olho na Plantação, no mercado e na meteorologia. “se chover uma semana direto nesse estádio próximo da colheita isso pode comprometer praticamente toda a produção”, afirmou.
Por Rinaldo Lima