Quem esteve nas feiras livres de Petrolina neste sábado (04) e domingo (05) encontrou as barracas que comercializam carne vazias, resultado de um protesto dos marchantes que são contrários à proibição da prefeitura de se abater bovinos no Matadouro Público de Petrolina.Apesar de haver autorização para o abatimento de caprinos, ovinos e suinos, os mais de 300 marchantes que trabalham no Matadouro resolveram se juntar e não interromper por completo todo o abate até a prefeitura tomar uma decisão que lhes seja favorável.
Além das bancas vazias nas feiras, restaurantes da cidade como os que estão localizados no Bodódromo tiveram as atividades prejudicadas no fim de semana pela falta da matéria prima: a carne verde ou fresca.
Revoltados, os marchantes já foram ouvidos pelo prefeito em exercício, Guilherme Coelho, que mesmo com boa vontade não pôde fazer muito. Segundo os marchantes ouvidos pelo blog, a decisão de proibição de abate de bovinos foi tomada unilateralmente pela prefeitura, sem um prévio aviso aos principais interessados.
Os marchantes estão contando com o apoio de vários vereadores da cidade, que já estiveram no Matadouro e também estavam no fim de semana acompanhando o desenrolar dos fatos nas feiras livres. Na feira da Cohab Massangano, foram vistos os parlamentares Ronaldo Cancão, Manoel da Acosap, Zenildo do Alto do Cocar e Edilsão.
Na Câmara de Vereadores tramita um projeto de lei que autoriza a venda do local onde hoje funciona o Matadouro Público Municipal, que de acordo com os marchantes estaria avaliado em R$ 40 milhões de reais.
Preocupados com a situação nesta segunda-feira (06) às 9h acontece uma Audiência Pública no Plenário da Câmara de Vereadores, sugerida por Ronaldo Cancão, que também é líder da oposição ao prefeito Lossio.
A expectativa é que se chegue a um acordo que possibilidade a continuidade do trabalho dos marchantes no Matadouro e não seja preciso o abate de bovinos ser realizado em Juazeiro como quer o poder público municipal.