A situação está tensa na Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), com a disputa para a presidência entre duas chapas. A voltada para reeleição do atual presidente José de Freitas Mascarenhas e a formada pelo novo postulante, o empresário Carlos Farias.
A eleição será realizada no dia 28 de janeiro, mas na última reunião do ano, no final da semana passada, pela primeira vez em sua história a Fieb presenciou um acirramento tão grande que quase termina em agressão física. Um presidente de um sindicato partiu para cima, aos murros, contra um funcionário da Fieb, por entender que estavam querendo impugnar sua entidade e que tinha a ação partido do empregado da casa.
A questão ganhou mais perplexidade quando Mário Pithom, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitarias de Salvador, acusou os dirigentes da Federação das Indústrias de tentativa de golpe político com vistas a beneficiar a chapa que tem o atual presidente como candidato. A denúncia apontou fatos tirados de documentos e questionou o apontamento de número 2015 emitido pelo Departamento Jurídico da casa que criava restrições de voto aos sindicatos que não se adaptassem a algumas recomendações consideradas casuísticas.
Quando das impugnações, nove sindicatos foram apontados como que não tivessem cumprido o quanto exigido no documento o que levou à denúncia, pois os sindicatos que apoiam a atual administração ao que parece receberam a tempo a recomendação privilegiada da adaptação.
O interessante é que as denúncias de golpe político deixaram até os que apoiam o candidato Mascarenhas boquiabertos, percebendo a verdade. Ninguém saiu em defesa do presidente.