Com grande indignação, venho comunicar TAMBÉM a Invasão da Vinícola Bianchetti, pertencente ao Grupo Adega Bianchetti Tedesco, concretizada nesse domingo, dia 10/11/13 pelos Grupos do Movimento Sem Terra.
Como empresário e Presidente das Instituições VALEXPORT E VINHOVASF, e neste ato, representando muitos Produtores que têm se solidarizado com a situação atual de invasões frequentes de terras, venho em público, manifestar a nossa indignação e REPÚDIO AOS ATOS que têm acontecido ultimamente no Vale do São Francisco.
Estranhamos sobremaneira a ausência de ações do Poder Público no combate aos atos invasores.
Historiando os fatos, antes mesmo dos casos das invasões das Vinícolas Botticelli há 30 dias e da Bianchetti na data de hoje, queremos registrar ainda outros casos, como exemplo, o Manifesto de Repúdio, Documento emitido há 2 (dois) meses, pelo Conselhos Fiscal e de Administração do nosso Distrito de Irrigação do Perímetro Senador Nilo Coelho, grupo que tão bem representa os nossos produtores, inclusive através de denúncias e queixas prestadas pelo Distrito e Codevasf envolvendo atos ilegais e ocupações em áreas de reserva, por parte do MST, entre outros importantes relatos.
Todos devem imaginar quão terrível se encontra a situação nas vinícolas, vítimas de violência, depredação, desordem e desrespeito a famílias de produtores e funcionários, além dos prejuízos, impedindo o funcionamento normal das empresas, que se mantém em plena atividade produtiva. As áreas contribuem no sustento da economia da região, gerando emprego e renda, numa Região que se consolidou internacionalmente pelos seus vinhos premiados, numa produção anual de 261 mil toneladas de uvas de mesa e cinco milhões de litros de vinhos finos, além da elaboração de 100 mil litros de sucos de uva.
Consternados diante da omissão e/ou lentidão das autoridades, apelamos mais uma vez, para que as autoridades se sensibilizem e venham tomar medidas em busca por soluções imediatas, com vistas à estabilização da agricultura irrigada, antes mesmo que as invasões estejam abertas a novas áreas, o que já têm acontecido.
Acreditamos ainda em soluções que vislumbrem contemplar o direito das pessoas que precisam do campo, através de investimentos em projetos de assentamentos legais e produtivos mantidas com ordem e respeito.
JOSÉ GUALBERTO DE FREITAS ALMEIDA
