Reunidos em Campina Grande (PB) desde o dia 28 de outubro, mais de 260 agricultores dos nove estados do Nordeste e Minas Gerais, cujos territórios estão incluídos na região semiárida, participam do III Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido, que tem como tema: “Guardiões da biodiversidade cultivando vidas e resistência no Semiárido”, evento promovido pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA Brasil).
Nesse encontro, participam agricultores\as do interior de Juazeiro, Uauá e Curaçá, acompanhados pelo Irpaa e que estão tendo a oportunidade não só de conhecer diferentes experiências de produção familiar agroecológica, como também, mostrarem um pouco de seus experimentos produtivos na lógica da Convivência com o Semiárido na região de Juazeiro.
As discussões centrais do evento estão em torno de temas como as múltiplas estratégias de superação e convivência com anos de estiagens prolongadas; as redes de agricultores experimentadores e a construção da convivência com o semiárido e sua contribuição para as políticas públicas; e os avanços e desafios da assessoria técnica no campo, além do papel das políticas públicas para o fortalecimento das redes de agricultores experimentadores para a convivência com o semiárido.
Visitas de intercâmbio – As delegações de agricultores dos 10 estados se dividirão em 12 grupos, que visitaram as três regiões próximas a Campina Grande (Cariri, Curimataú e Borborema). As visitas terão foco em quatro grandes temas: Sementes e diversificação produtiva dos cultivos; Quintais produtivos; Manejo agroflorestal das caatingas; Criatórios no semiárido – potencial forrageiro, manejo alimentar dos rebanhos e das raças nativas.
Nos momentos finais do encontro previsto para a tarde desta quinta feira (31), agricultores e representantes das organizações que divulgam e implementam projetos de convivência em todo Semiárido discutem com órgãos de desenvolvimento regional, formas de melhor estruturar esses projetos em favor de milhões de famílias sertanejas que experimentam meios alternativos de viver melhor na região.
Por Raimundo Fábio