Por Hélio Doyle
Um médico brasileiro está sendo acusado de ter provocado, por negligência, a morte de um bebê recém-nascido. Esse mesmo médico já havia sido acusado de ter cobrado ilegalmente R$ 1.200 por um parto, pois atendia pelo SUS. O médico trabalha em Itabuna, na Bahia. Não consta que tenha sido punido pelo conselho de medicina por causa da extorsão.
Casos como esses acontecem com frequência no Brasil, mas nem por isso se pode generalizar irresponsavelmente e dizer que os médicos brasileiros são incompetentes ou mercantilistas. A maioria, seguramente, não é. Nem se pode dizer que todas as faculdades de medicina no Brasil ofereçam cursos de má qualidade – embora a maioria seja muito ruim mesmo.
Se o médico que cobrou ilegalmente por um parto e provocou a morte de um bebê fosse cubano, podemos imaginar os discursos, artigos e manchetes dos políticos, articulistas e jornalistas da direita militante e histérica e dos dirigentes da corporação mafiosa que resiste ao Mais Médicos.