* Paulo Pedroza
Arena Fonte Nova, 5ª feira, dia 20.6, 19h20. Estávamos atrasados para o jogo, marcado para às 19 horas. Quando avistamos o estádio iluminado, a empolgação tomou conta de todos. Impossível não se emocionar.
Corríamos a procura dos portões de acesso, não víamos a hora de presenciar as seleções nigeriana e uruguaia entrarem em campo. Quanto mais próximos das arquibancadas a emoção aumentava. Os gritos da torcida ecoavam do lado de fora da Arena, e a inexplicável energia do futebol tomou conta do ambiente.
Era a primeira vez que eu assistia a um jogo de grandes seleções. Tudo aquilo era novo para mim. Cada detalhe me prendia a atenção, desde a grandiosidade do estádio até o envolvimento das torcidas. Agora eu começava a entender a magia do futebol. Naquele momento várias lembranças me vieram à cabeça e eu me perguntava se merecia estar ali. Afinal nunca fui muito ligado aos esportes. Parei, e silenciosamente agradeci a Deus pela oportunidade. Era real, eu estava ali, na Arena Fonte Nova!! Eu mal conseguia acreditar.
No intervalo do primeiro tempo, saí à procura de algo para beber, mas quando me dei conta já se formavam grandes filas na Praça de Alimentação. Fiquei a obsevar as tabelas de preço, ainda não tinha percebido. Lá estava: água mineral, R$ 6,00; Coca Cola (Copo 473 ml), valor R$ 8,00; Cerveja (Copo 473 ml), R$ 12. Eu tinha dinheiro, mas desisti. Achei um absurdo tudo aquilo. Naquele momento me dei conta que a Copa era para poucos, e parte do encanto inicial se desfez. Definitivamente, eu não bebi da Fonte Nova.