UM RIO… UMA VIDA

*Valterlino Pimentel

foto_Farnesio SilvaSou um amante do rio São Francisco que  ás vezes azul claro, ás vezes verde, ás vezes “barrento! Me proporciona um Caminhar nas areias do Rodeadouro, ou sentindo o som do rio nas pedras da Ilha do Fogo.

O vento bate, secando a pele, os olhos sorrindo de alegria. Sou assim mesmo, Amor de rio e amar o rio, quero-te por toda a vida, Caminhei por várias estradas, entrei por várias portas e todas elas foram abertas… Abertas…, abertas.

Pisei em espinhos, deliciei-me com vários carnavais que culminavam sempre no velho cais onde todos tinham o bel prazer de ter ver com sua exuberante ponte tendo ao fundo tua ilha do fogo habitada covardemente pelo antes respeitado Exército Brasileiro hoje excomungado pelos ribeirinhos que foram excluídos de seu habitat natural, vi o por do sol dentro dos meus olhos.

Tenho todo tempo do mundo para fitá-lo oh! Astro-rei, ilumina fortemente e direciona o saber dos homens para que num toque sutil, retire de suas majestosas águas a poluição visual destes barcos afundados no poético Bairro Angarí. Quando  chega a noitinha a lua peregrina,bate em minha janela que junto ao vento num coro mágico, cantam o som da esperança ah! Como eu como gosto dos mistérios deste caudaloso Rio São Francisco,sempre pego uma carona do saber e me encho de amor o espaço da minha alma, minha vida.

Via sempre as lavadeiras no Angarís, batendo e quarando roupas nas pedras, borboletas nos barrancos, andorinhas em voo frenético, pescadores com pele áspera, sorriso tímido e fábulas constantes, O rio transpirando claro nas tardes calourentas  ouvindo a voz misteriosa que vinha das águas de barbas brancas alardeando os ribeirinhos- Sou o protetor das águas. Dizia sempre o Nêgo D”água.

*Valterlino Pimentel (pinguim)

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