Economia Solidária reúne 21 estados em Salvador

 

Economia Solidária reúne 21 estados e quase 600 empreendimentos em Salvador

 

O secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, representando o governador Jaques Wagner abriu, ontem (8), o encontro acompanhado do superintendente estadual de Economia Solidária, Helbeth Oliva, da superintendente regional do Trabalho na Bahia, Isa Simões, do coordenador da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Haroldo Mendonça e de representantes do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), do Instituto Marista de Solidariedade (IMS) e do Fórum Baiano de Economia Solidária. O grupo Zapiapunga, foi a grande atração cultural do primeiro dia da feira.

Estratégia – O secretário Nilton Vasconcelos destacou as formas de organização econômica baseadas no trabalho associado, na propriedade coletiva, na cooperativa e na autogestão, reafirmando a Economia Solidária como estratégia e política de desenvolvimento do Governo do Estado da Bahia. “Nesses quatro anos de Governo, já foram aplicados aproximadamente R$30 milhões no segmento, considerando também a carteira ativa do programa estadual de microcrédito, o denominado CrediBahia. Para 2011, estamos com orçamento de R$10 milhões, esperando aprovação pela Assembléia Legislativa do Estado”.

Ao seu lado, e também percorrendo as barracas, onde estão expostos desde artesanato a pontos de cultura, além de alimentos, fitoterápicos, bijouterias, confecção e linhas de crédito, Helbeth Oliva comemorava o sucesso da feira. “Este é mais um bom exemplo de alternativa objetiva dos excluídos do sistema capitalista”. Haroldo Mendonça (Senaes), disse que a escolha da Bahia para sediar este evento, dentro da região Nordeste foi para que o Brasil pudesse olhar em si mesmo “uma vez que já realizamos feiras pontuais no Sul e no Norte para atender aos estados locais e aos países de fronteira”.

Aposta – Para Sônia Vasconcelos, artesã do Triângulo Mineiro e coordenadora do “Sinhá Recicla”, com 16 mulheres da cidade de Uberlândia, a Economia Solidaria busca construir não só o mundo de quem não tem opção de trabalho no atual sistema capitalista. A artesã de Minas Gerais, Sônia Vasconcelos, diz: “Com esses ventos Queremos mais. Queremos muito mais. Pois ser solidário não é dar esmolas. É um formato de vida, onde há justiça social”. Sônia é um exemplo do que diz. Ex-bancária, concursada do Banco do Brasil, com 13 anos de atividades e cargo comissionado, largou tudo para apostar no setor. ”Estou feliz com o que faço e com a minha contribuição para o mundo”.

Lúcia Cruz, artesã de Brasília, carregando nos braços flores do cerrado, estilizadas, era um misto de alegria e emoção. “A nossa expectativa é de mostrar aos baianos que existe uma economia pautada na solidariedade, no amor e no respeito aos homens e a natureza”. De Pirapora, Minas Gerais, Maria de Fátima exibia com orgulho as vassouras que produz a partir das garrafas PET. “Elas são boas e leves e ainda tem uma qualidade invejável: dura três anos ou mais”.

Márcia Lima, representante do Fórum Brasileiro de Economia Solidária pela Região Norte, dizia estar ciente do esforço que o grupo do Acre fez para estar presente na feira. “Estamos aqui representando 13 famílias da Associação Acreana Buriti da Amazônia. Trabalhamos com biojóias e produzimos abajur, arandelas e luminárias, utilizando única e exclusivamente o buriti, a  palmeira considerada árvore símbolo da nossa região.

Realização – A II Mostra Nacional de Economia Solidária, a VI Feira Baiana e o I Seminário Regional são uma realização do Governo do Estado da Bahia, através da Setre, da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes/MTE), do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), do Fórum Baiano de Economia Solidária, da Prefeitura de Salvador, da Fundação Banco do Brasil e do Sebrae. Dos quase 600 expositores, 130 são da Bahia. Durante o dia, estão sendo realizadas atividades formativas, como oficinas, debates e conferências. E, a partir das 16 horas, começa a feira de comercialização dos produtos e as apresentações culturais.

 

Programação Cultural

Sexta, dia 10
17h – Balé de Oyá – Dança Afro
18h – Coral da Conder
19h – Grupo Mandiba – Pop e Reggae
Sábado, dia 11
17h – Apresentação de Capoeira Grupo Engenho
18h – Cultural arte Jovens
19h – Samba Viola do Oito de São Gonçalo
Domingo, dia 12
17h – Holly Bible
19h – DJ Zimba Selector

Ascom/Setre

Lício Ferreira (DRT-ba 793) 

 

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