Deputada lembra repressão da polícia na Ufba há dez anos e cobra apuração
No dia em que a Bahia completa dez anos (nesta segunda-feira, dia 16) do episódio da invasão da Polícia Militar ao campus da UFBA, a deputada Federal Alice Portugal (PCdoB) sugere que os envolvidos na ação sejam ouvidos e a conduta violenta da topa de coque da polícia seja apurada. A parlamentar, que participou diretamente do confronto, acredita que a Comissão da Verdade (em fase de criação na Secretaria de Direitos Humanos da Câmara para investigar crimes durante a ditadura militar) colabore no registro histórico do fato. “A Bahia não deve perder a chance de fazer constar deste rol de crimes contra os direitos humanos o episódio daquela manhã de 16 de maio, onde o despotismo e tirania mostraram sua face”, disse a deputada.
Alice lembra ainda que o conselho superior da universidade tem agora a possibilidade da documentação histórica do dia em que estudantes, professores e servidores foram agredidos, alguns presos, pela Tropa de Choque da PM, sob a ordem do então governador César Borges. Na época, uma série de protestos que exigia a cassação do então senador Antônio Carlos Magalhães. , “após comprovada” a violação do painel do Senado.
“Registrar dez anos do choque entre a política retrógrada e a vontade que nutríamos por uma Bahia livre se faz importante para avivar a memória dos contemporâneos e informar os mais jovens. Especialmente para que nunca mais se repita. Para que nunca mais o argumento da força, tente substituir a força do argumento. Para que nunca mais a autonomia universitária seja quebrada, e a liberdade de expressão sufocada”, declarou a deputada comunista Alice Portugal.
Fonte: Política Hoje