EDUARDO E DILMA DEVEM TER NOVO DESCONFORTO AMANHÃ

(Foto: Jedson Nobre)

Depois de protagonizarem o primeiro desconforto, ainda que de forma sutil, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o governador Eduardo Campos (PSB), voltam a “se enfrentar” amanhã, durante o encontro entre a petista e os governadores do Semiárido que sofrem com os efeitos da seca, que ocorrerá em Fortaleza, no Ceará.

No encontro serão discutidas medidas de combate à estiagem, que afeta principalmente a Região Nordeste. Participam ainda da reunião, os governadores de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

Na segunda-feira da semana passada em Serra Talhada, no Sertão do Estado, para inaugurar a primeira etapa da Adutora do Pajeú, o encontro entre Dilma e Eduardo Campos foi recheado de críticas e cobranças das duas partes.

Na ocasião, a presidente anunciou medidas para combater a seca em Pernambuco, batizou algumas ações federais e de quebra cobrou lealdade de seus aliados, num tom endereçado ao governador que, embora negue, vem se movimentando na tentativa de viabilizar seu nome na disputa pelo Palácio do Planalto em 2014.

Em contraponto, o presidente nacional do PSB não poupou críticas à gestão petista, mesmo que discretamente, ao avaliar, por exemplo, que a economia do País vem obtendo baixos índices de crescimento desde 2011, ano em que Dilma assumiu a Presidência. Ao que que tudo indica, amanhã, acontecerá o segundo “round” da “briga” entre os aliados visando à disputa presidencial. Dilma deve ratificar sua postura em cobrar lealdade, enquanto Eduardo aproveitará o momento para discutir temas administrativos, como tem direcionado, ultimamente, seu discurso. O alvo do socialista tem sido a economia, que não tem apresentado índices satisfatórios.

Com relação à seca, Eduardo levará para o encontro de amanhã suas ideias de combate à estiagem, entre elas a defesa da anistia das dívidas dos agricultores. Segundo o governador, o Governo Federal deveria anistiar as dívidas desses trabalhadores já que eles tiveram perdas de grandes proporcões durante este período.

RESISTÊNCIA
A expectativa também é quanto ao reencontro de Eduardo com o correligionário Cid Gomes, governador do Ceará, que chegou a declarar apoio à reeleição da presidente Dilma. Eduardo terá que trabalhar internamente para romper a resistência de Cid até 2014 e seguir forte para a disputa pelo Palácio do Planalto em 2014.

O socialista-mor deverá ter dificuldades de fechar apoios com os estados da Paraíba, Piauí, Amapá, Espírito Santo, todos governados pelo PSB. É que, segundo nota publicada na Coluna Painel, do jornal “Folha de S. Paulo”, um mapeamento feito pelo PT dá conta de que os governadores desses estados terão dificuldades de se elegerem sem a aliança com os petistas e os peemedebistas. Com isso, devem optar pelo apoio à reeleição de Dilma. Amanhã, Eduardo Campos terá oportunidade de conversar com Wilson Martins (PI), Ricardo Coutinho (PB) e Renato Casagrande (ES), que estarão presentes no encontro em Fortaleza.

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