Netinho falou pela primeira vez sobre o cancelamento do seu show no Iate Clube de Aracaju (SE) após o público protestar contra sua apresentação por ele ter apoiado os atos terroristas em Brasília. Em entrevista ao TV Itnet, Netinho alegou que não foi avisado documentalmente sobre o cancelamento e apenas pelo Whatsapp, mas não levou a sério. “Pelo Whatsapp a gente fala o que quer”.
“Nunca na minha carreira aconteceu isso de me contratar e me trocar. Porque é uma opção do contratante, ele pode contratar e trocar (…) Ele tinha um contrato comigo e ele não documentou, o artista tinha que ter isso documentado. Eu fui saber pela rede social do Iate, tomei um susto”.
Netinho disse que entrou em contato com o empresário para dizer que ele deveria mandar um documento formal ou email assinado. “O Brasil inteiro está dizendo que o Iate Clube está achando que sou financiador do terrorismo. Onde vou eu conto que não foi o Iate, foi uma pessoa”.
A pessoa em questão é o advogado Danilo Segundo, ex-vereador de Aracaju e marido de Lurian Lula, filha do presidente Lula.
Questionado se pretende acionar o Iate judicialmente, Netinho contou que comunicou ao empresário que a situação o obrigava a isso, mas garantiu que vai processar Danilo Segundo por o ter chamado de terrorista.
“Falei: ‘a situação está me obrigando a colocar o Iate na Justiça para ter o contrato cumprido’ (…) Já tem gente querendo cancelar show meu por causa do que foi falado”, afirmou.
Na reportagem, Netinho se recusou a falar sobre as publicações em prol dos atos terroristas que aconteceram em Brasília no início do mês e disse que jamais ia misturar sua pessoa física com sua carreira artística.
“Eu, há quatro anos, através de uma ideologia minha, vinha apoiando o povo brasileiro como pessoa, nunca, num show meu, eu falei de política ou outro assunto que não fosse música, amor, alegria e ‘tira o pé do chão’. Então não pode dizer que o iate me tirou porque está com medo de eu fazer um discurso político num bloco de carnaval. Nunca fiz. A minha história não foi feita com a lei Rouanet”, afirmou.
Nesta semana, o cantor acultou de suas redes sociais todas as publicações em que defendia e apoiava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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