Atentado fake: Tarcísio recua e admite que sua campanha pode ter mandado cinegrafista apagar vídeo da farsa de Paraisópolis

“Pode ser que alguém na tensão tenha pedido para apagar alguma coisa”, disse o candidato ao governo do estado de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos)

247 – O candidato ao governo do estado de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que “momento de tensão” e “preservar a identidade de pessoas que fazem parte da nossa segurança” foram os motivos para uma pessoa da equipe dele pedir para um cinegrafista da Jovem Pan apagar as imagens do tiroteio que aconteceu no dia 17 de outubro e interrompeu sua visita a um programa social em Paraisópolis, favela da Zona Sul da capital paulista.

“Pode ser que alguém na tensão tenha pedido para apagar alguma coisa”, disse Freitas após participar de uma carreata em Osasco, na Grande São Paulo, na tarde desta terça-feira (25). “Talvez a pessoa que tenha pedido para apagar teve esse cuidado [de preservar a identidade dos seguranças da campanha]. É muito ruim revelar a identidade de pessoas que acabam de se envolver com criminosos.”

Em nota, a Jovem Pan disse que “o trabalho do cinegrafista permitiu que a emissora fosse a primeira a noticiar o ocorrido no local”. A empresa afirmou que “não houve contato da campanha do candidato Tarcísio” com o objetivo de apagar as imagens.

Lideranças como o candidato ao governo do estado de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) criticaram a iniciativa de equipe de Tarcísio. O historiador Fernando Horta e o jornalista do 247 Rodrigo Vianna também repudiaram o pedido feito pela campanha do bolsonarista.

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