Opinião: Professores e estudantes da Uneb protestam durante a passagem de Jaques Wagner por Juazeiro

Caro Farnésio,

Dessa vez aproveito deste espaço para expressar não só a minha indignação, mas a de todos os professores e estudantes do DCH-III/UNEB que aderiram o movimento paredista contra o decreto nº 12.583/11 que fere os princípios da autonomia da Universidade, pois o ME- movimento estudantil esta de pronto para continuar esta luta por entender que a formação do discente não se dá somente na sala de aula, mas sim na qualidade do ensino que nos é oferecido.

Portanto, mais uma vez o governador da Bahia Jaques Wagner de forma covarde recebe o protesto do movimento estudantil de forma truculenta, colocando a sua disposição força militar para reprimir e até agredir o movimento estudantil, aonde alguns estudantes foram agredidos por policiais e seguranças que faziam a proteção do governador, fomos surpreendidos por barreiras militares em torno da MOSCAMED.

O que nós queremos é a revogação do DECRETO: 12.583/11 – Publicado no dia 9 de fevereiro deste ano, o Decreto 12.583/11 “estabelece procedimentos específicos sobre a execução orçamentária e financeira no âmbito da Administração Direta, suas autarquias, fundos, fundações e empresas estatais dependentes para o exercício de 2011”.
No Capítulo V, sobre as despesas com pessoal, consta que devem ser suspensos o remanejamento das dotações orçamentárias para contratações pelo REDA e a concessão ou ampliação de percentuais da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho. A reestruturação de qualquer revisão de planos de cargos também é vetada, assim como ficam suspensas, até o dia 31 de dezembro de 2011, a concessão de afastamentos de servidores públicos para realização de cursos de aperfeiçoamento ou outros que demandem substituição.

Diante do exposto esta até mais que esclarecido que o governo é outro mais as práticas são as mesmas na intenção de se perpetuar no poder e ai o governo não tem a menor preocupação na formação continuada do docente, na promoção do mestrado, do doutorado ou tão somente interesse na formação do discente, porque todo poder teme o conhecimento e por conta disso nenhum governante esta preocupado para qual o tipo de professor esta se formando.

Por fim, em pleno século XXI, ainda presenciamos cenas de repressão e agressão a estudantes, em virtude de um poder que teme perder a sua hegemonia e por conta disso esta sujeito a qualquer tipo de prática, mesmo se utilizando daquelas práticas que um dia o foi vitima, e para encerrar, até quando Bahia teremos realmente uma Universidade e uma Bahia de todos nós?

Agnaldo José – Estudante do 5º Período do Curso de Pedagogia DCH-III/UNEB


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