CANDIDATOS RECLAMAM DE PROCESSO SELETIVO DA PREFEITURA DE JUAZEIRO E SOLICITAM INTERVENÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

*Wagner Silas –

Desde a homologação, semana passada, do resultado da seleção dos candidatos aos cargos de níveis fundamental, médio e superior para preenchimento de vagas e cadastro reserva na Prefeitura Municipal de Juazeiro, através do Edital Nº 004 da Secretaria de Gestão de Pessoas, que o número de reclamações por parte de
participantes do processo seletivo só aumenta nas redes sociais e na imprensa.

As primeiras etapas do certame iniciaram no mês de julho e de lá para cá os inscritos vêm se posicionando de maneira queixosa, principalmente pela forma de condução do processo “com pouca transparência”.

Diferentemente da seleção realizada pela secretaria de saúde do município (SESAU), por exemplo, onde todos os candidatos entregaram cópias dos documentos comprobatórios de suas experiências profissionais, certificados de cursos e diploma de formação, neste edital nº 004 essa etapa não existiu, aparecendo um grande número de
reclamações de falhas no sistema, onde o mesmo travava, não aceitando a devida inclusão de todos os documentos e até casos onde o sistema finalizou a inscrição, e o candidato não conseguiu realizar uma nova inscrição, ficando prejudicado, mesmo no Edital estando bem claro que se um candidato realizasse mais de uma inscrição ficaria
valendo a última.

Então essa prerrogativa não foi validada, o que incorre em erro grave da
seleção.

Seguem relatos de diversos candidatos, os quais preferem não se identificar:

“Estou indignado e com sentimento de injustiça, diante do seletivo da prefeitura de
Juazeiro-BA, realizado no mês de agosto 2021. Indignação esta que se faz presente em
muitos candidatos, tanto a nível médio quanto superior, pois vários pontos observados
desde a publicação do edital, quanto a convocação de pessoas, diga-se de passagem,
sem a devida classificação. Parece-me equivocada e reveladora de favoritismo.”
“Inicialmente, cargos de nível médio aceitando diplomas de graduação, que
contaria pontos. O peso de capacitações (cursos), foi maior do que a experiência por
tempo de serviço. Trabalho nessa região há tantos anos e minha experiência foi pontuada
com o mesmo peso de alguém que trabalhou apenas 05 anos, ou até menos. Ou seja,
pequenos cursos, feitos à distância pontuaram mais do que anos trabalhados. E o que
chamou muito a atenção é que não houve a classificação dos candidatos. Logo após a
divulgação do resultado dos recursos saiu a lista já de convocados.”
“Esse seletivo foi o primeiro, de muitos que já fiz, onde não sabemos a
classificação dos candidatos. Pessoas que acabaram de se formar, sendo convocadas,
enquanto profissionais altamente competentes e experientes ficam de fora.”
“Há relatos de que o sistema travou e candidatos não conseguiram concluir suas
inscrições e não conseguiram fazer nova, mesmo constando isso no Anexo I do Edital.”
“Tive problema com o sistema, e constava no edital que se um candidato fizesse
mais de uma inscrição ficava valendo a última, mas não consegui fazer outra inscrição.”
“Diferente dos outros editais como o da Saúde, experiência na área contava 5
pontos, no da Gestão de Pessoas apenas 2,5 pontos e inexplicável a questão de que a
nota máxima de 0,5 ponto por ano trabalhado. Isso é um grande indicativo de prejuízo a
quem tinha experiências comprovadas. Solicitamos a intervenção do Ministério Público.”
Finalizou um candidato, que também não quis se identificar.

Wagner Silas [email protected]

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