A Marinha do Brasil apoiou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na ação de eclusagem, com passagem de embarcações, que marcou a retomada das atividades da Eclusa de Sobradinho (BA), no Rio São Francisco, inoperante desde 2019. A operação ocorreu quinta-feira (25) e foram empregadas duas embarcações da Capitania Fluvial de Juazeiro, uma delas voltada ao turismo náutico na região.
A obra da eclusa permitiu que embarcações superem os 32,5 metros de desnível criado pela barragem da Represa de Sobradinho. Com isso, restabeleceu a navegação do Rio São Francisco, no trecho de 1.371 km entre Pirapora (MG) e Juazeiro (BA). A Eclusa de Sobradinho possui uma câmara de 120 m de comprimento e 17m de largura, com volume de eclusagem de 72 mil metros cúbicos.
Como Autoridade Marítima Brasileira, a Marinha empenha-se em ações que fomentem o desenvolvimento do setor hidroviário. De importância fundamental ao segmento, as eclusas possibilitam a manutenção da passagem de embarcações nas hidrovias com desníveis, usando comportas que separam os diferentes níveis do curso d’água.
A operacionalização das eclusas tem sido uma ação constante da Marinha para possibilitar que hidrovias assumam maior papel na matriz de transportes do país, tendo em vista a ainda baixa utilização do modal hidroviário brasileiro.O transporte hidroviário possui grande capacidade de movimentação de carga, baixo custo da tonelada transportada e reduzidas emissões de poluentes, o que o torna um modal adequado à movimentação de grandes volumes de mercadorias de baixo valor agregado (commodities) por grandes distâncias.
A aposta no desenvolvimento do setor considera que as hidrovias são um fator de integração nacional, pelo viés econômico, social e político, que fomentam o bem-estar das populações da área em que estão presentes. De acordo com a Confederação Nacional dos Transportes, o Brasil tem 63 mil quilômetros de rios com potencial para navegação.
Com informações e fotos do 2º Distrito Naval